PM afasta policiais suspeitos de matar adolescente na Grande Belém

Davi Silva tinha 16 anos e sonhava ser militar da Marinha. Pais reclamam da abordagem violenta e falta de socorro adequado. Davi Silva, de 16 anos, praticava Jiu Jitsu e sonhava em ser militar da Marinha
Arquivo pessoal
A Polícia Militar informou nesta terça-feira (21) que afastou os policiais suspeitos de envolvimento na morte de um adolescente de 16 anos em Ananindeua, na Grande Belém. O caso é investigado pela Polícia Civil, além da Militar.
“Foi instaurado inquérito policial militar para apurar a conduta de policiais militares envolvidos em ocorrência policial. Os agentes foram afastados do serviço operacional até a conclusão das investigações”, informou a PM em nota ao g1.
A família alega que o jovem foi morto a tiros por PMs quando deixou uma sorveteria de moto, há quase 1 mês, a cerca de um quilômetro de casa.
Além da abordagem que matou Davi Silva, os pais dele reclamam da falta de socorro adequado prestado.
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O jovem morreu em 25 de outubro após sair de uma sorverteria onde trabalhava antes. Ele teria ido ao local de mototáxi reaver um valor pendente junto ao antigo patrão, segundo a família.
Testemunhas que viram a abordagem policial disseram aos pais de Davi que antes mesmo da viatura parar, houve o disparo de uma arma de fogo, tiro que pegou na altura da costela de Davi.
A PM alega que foi acionada ao local para uma ocorrência de roubo. No entanto, a família contesta e diz que Davi não se envolveu em nenhum crime. A polícia não detalhou sobre os itens suspostamente roubados.
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“Falam que houve um assalto e a Polícia diz que houve perseguição e troca de tiros, sendo que não há uma imagem que comprove isso, em nenhuma imagem há o meu filho com uma arma na mão. O que para gente é ainda mais estranho: como acusam meu filho disso no próprio lugar onde ele havia trabalhado?”, questiona o pai.
Caminhada pede justiça após morte de adolescente em Ananindeua, no Pará
Lissa de Alexandria/ g1
A PM não informou quantos policiais afastados. Segundo a família do jovem, quatro policiais estariam envolvidos na abordagem que resultou na morte dele.
Ainda em nota a g1, a PM reiterou ” o compromisso com a legalidade e não compactua com desvios de conduta de qualquer agente. Todos os casos são investigados e os responsáveis, quando identificados, punidos conforme previsto em lei”.
A Promotoria Militar do Ministério Público do Estado do Pará solicitou informações ao Comando Geral da PM.
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