Fumaça afeta saúde de moradores há mais de 30 dias em cidade no sudoeste do PA


No Hospital Municipal de Itaituba os casos de doenças respiratórias não param de aumentar e os mais afetados são idosos e crianças, informou o diretor da unidade. Fumaça e seca no rio Tapajós preocupam moradores e autoridades
A fumaça provocada pelas queimadas na região está afetando a saúde dos moradores de Itaituba, no sudoeste do Pará. Há mais de 30 dias, a cidade está repleta de fumaça.
Na emergência do Hospital Municipal os casos de doenças respiratórias não param de aumentar e os mais afetados são idosos e crianças, que apresentam tosse, vômito e diarreia como os principais sintomas.
“Teve cerca de 20% a 30% de aumento nos atendimentos principalmente relacionados às doenças respiratórias. Temos também identificado problemas nos olhos e crianças e adultos com coceira”, afirma Adriano Coutinho, diretor do Hospital Municipal.
Vista aérea de Itaituba.
Marco Santos/Agência Pará
A cada oito pacientes atendidos nas unidades de saúde, três estão com problemas respiratórios por causa da fumaça que atinge o município paraense.
“A grande quantidade de queimadas mais próxima daqui que está vindo essa quantidade de fumaça é de Placas, Uruará, Mojuí dos Campos, Belterra e Santarém, na região que ficam à margem direita da BR-163”, diz Bruno Rolim, secretário de Meio Ambiente de Itaituba.
Baixo nível do rio
Bancos de areia ameaçam a navegabilidade e o volume de cargas precisou ser reduzido, para garantir o transporte de grãos no porto de Miritituba, em Itaituba.
Porto de Miritituba é importante ponto de escoamento de grãos no Pará.
Divulgação
O porto é considerado um dos principais corredores logísticos para o escoamento de commodities agrícolas do Mato Grosso.
O rio Tapajós divide a cidade de Itaituba e o distrito de Miritituba, onde fica o porto. Quem chega na zona portuária e quer ir ao município precisa pegar balsas. Com o número crescente de bancos de areia, a navegação ficou prejudicada.
O secretário de Meio Ambiente e Mineração de Itaituba, Bruno Rolim, diz que há 30 anos nunca tinha visto nada parecido na região.
“Nunca teve uma seca que chegou nessa magnitude aqui. É normal ter época de cheia e época de seca. Isto é natural. Só que esse ano, realmente, a seca foi muito maior do que todos os anos que a gente tem conhecimento”, afirma.
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