O ditado diz que pênalti é loteria, só que nos últimos 20 anos o Figueirense não tem conseguido nem acertar na dezena. No quesito penalidade, o time perdeu todas as oito vezes em que teve de definir uma classificação na marca da cal. Se olharmos pelo peso dos confrontos, a mais dolorosa foi justamente a diante do Avaí, na noite de quarta-feira.
Time alvinegro perfilado na disputa dos pênaltis – Foto: Patrick Floriani/FFC/ND
Camilo, que ano passado converteu quando foi definir a vaga com o Barra, desta vez cobrou e o goleiro César defendeu. Depois foi Ligger, tal qual o lateral-direito Paulo Sérgio em 2005 diante do Ituano, que isolou a bola na entrada do vestiário do avaiano.
A queda no Campeonato Catarinense, a segunda seguida na mesma fase e também nos pênaltis – ano passado foi diante do Barra no Orlando Scarpelli -, faz o time alvinegro ter uma pré-temporada ampliada para a Série C do Brasileiro. Bastante chateado com a eliminação e também pela expulsão, o técnico Thiago Carvalho tentou explicar a escolha dos batedores diante do Avaí – Marlyson e Kayke converteram.
“Treinamos todos os dias (pênaltis). Eu escolhi os atletas, alguns que poderiam bater tinham saído, mas faz parte. É uma situação sempre muito difícil, faz parte do jogo. Fico feliz pelo o que a gente fez no campo, principalmente no final. Lamentamos porque acredito que a gente poderia ser campeão”, disse.
Thiago Carvalho durante coletiva de apresentação no Figueirense – Foto: JP Bianchi/ND
A última vitória nos pênaltis
A última vez em que o Figueirense venceu uma disputa de pênaltis completou 20 anos na última terça-feira, dia 4. Faz tempo, mas a classificação na Copa do Brasil se tornou marcante porque a vitória foi em cima do Corinthians, no Estádio Orlando Scarpelli.
No tempo normal, em um período em que o Figueirense jogava na Série A e tinha um time competitivo, vitória por 2 a 0 – gols de Bilu e Rodrigo. Depois vieram os pênaltis, com o Furacão vencendo por 3 a 2 e o emblemático pênalti de Roger, do Timão, que isolou a bola no setor B e que culminou depois com a demissão do técnico argentino Daniel Passarella do time paulista.
Só para o torcedor relembrar, as penalidades naquele 4 de março de 2005 foram na sequência: Carlos Alberto (COR) bateu e Edson Bastos pegou. Bilu fez para o Figueira e Carlitos Tevez marcou para o Timão. Paulo Sérgio perdeu chutando pra fora, mas Roger isolou. O lateral Flávio (FIG) também perdeu e Marcelo Mattos fez 2 a 2. Na última série, o argentino Sebá mandou longe e Clebão bateu para classificar o Furacão.
Eliminações do Figueirense nos pênaltis
2005 – Ituano – Copa do Brasil (fora)
2012 – Atlético-GO – Copa Sul-Americana (casa)
2013 – Botafogo – Copa do Brasil (casa)
2014 – Bragantino – Copa do Brasil (casa)
2018 – Atlético-MG – Copa do Brasil (fora)
2022 – Cuiabá – Copa do Brasil (casa)
2024 – Barra – Catarinense (casa)
2025 – Avaí – Catarinense (fora)
