Indonésia pede que brasileira flagrada com cocaína na Indonésia seja condenada a 12 anos de prisão


Tradutor que ajudaria a jovem na audiência ficou doente. Audiência foi remarcada para a próxima semana. Começa julgamento que pode levar brasileira presa por tráfico de drogas na Indonésia à morte
O advogado da brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, presa em janeiro por tráfico de drogas na Indonésia, afirmou nesta terça-feira (23) que o Ministério Público do país asiático pediu que a jovem seja condenada a 12 anos de prisão pelo crime. Agora, segundo Davi Lira da Silva, a defesa acredita que a pena de morte ou prisão perpétua esteja praticamente descartada.
A informação foi repassada pelo órgão durante a audiência de julgamento da brasileira que aconteceu nesta madrugada na Indonésia. Uma nova fase do processo está marcada para 30 de maio.
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Manuela, que partiu de Florianópolis para Bali com a cocaína, segue presa. Na próxima sessão, o advogado afirmou que a defesa irá mais tranquila “sabendo que a Manuela praticamente escapou tanto a prisão perpétua quanto a de pena de morte”.
Com a posição do Ministério Público, a advogado espera conseguir uma pena ainda menor: “Partimos da premissa de que se a própria acusação não pleiteia pela pena capital [pena de morte], o juiz não vai dar ela de ofício”, disse o defensor.
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QUEM É A BRASILEIRA: autônoma, mulher vendia perfumes e lingeries
O julgamento de Manuela na Indonésia teve início em abril, dois meses após ela ser indiciada por tráfico. A brasileira tem 19 anos e foi detida com aproximadamente 3 quilos de cocaína.
Além da pena de morte, segundo o Ministério das Relações Exteriores, quem for flagrado com drogas na Indonésia, em qualquer quantidade, pode ser sentenciado a vários anos de prisão ou detenção perpétua. A mulher está no Presídio Feminino de Kerobokan.
Brasileira detida na Indonésia com cocaína
Arquivo de Relações Públicas da Polícia de Bali
O que diz a defesa
Segundo o advogado, Manuela foi usada como ‘mula’ para levar a droga ao país, além de ter sido enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe.
A mulher foi indiciada por tráfico de drogas em 27 de janeiro. Após ser presa, ela conseguiu contato com familiares após o auxílio da Embaixada do Brasil no país.
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Manuela tem residência em Santa Catarina, estado onde vivia a mãe, e no Pará, onde o pai mora. Conforme o advogado, ela atuava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries no Brasil.
Manuela Vitória, de 19 anos, foi presa na Indonésia
Redes Sociais/ Reprodução
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