Espécie em risco de extinção, arara-azul de jardim zoobotânico morre com pneumonia, em Belém

Além de pneumonia, animal também foi diagnosticado com quadro de anemia e coccidiose – uma doença intestinal. “Duda”, como era chamado, chegou a Belém em 2010. Arara-azul morre no Bosque, em Belém.
Fernando Sette/Comus
Uma arara-azul de quinze anos de idade morreu no Bosque Rodrigues Alves Jardim Zoobotânico da Amazônia, em Belém. A espécie é considerada em risco de extinção devido à caça, ao comércio clandestino e à degradação de seu habitat natural.
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), a arara, chamada carinhosamente de “Duda”, morreu há 15 dias com quadro de pneumonia, anemia e coccidiose – uma doença intestinal.
A Semma informou que “arara recebeu o tratamento necessário para as doenças, por meio de medicamentos, porém, não resistiu”.
Porém, para Otoniel Cardoso, tratador de animais do bosque e jardim zoobotânico, a ave não recebeu todos os cuidados necessários quando ficou doente.
O tratador de animais diz que “Duda” adoeceu e foi encaminhado para a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) para fazer exames. Após o diagnóstico de pneumonia, a ave retornou ao bosque para concluir a medicação.
“Ia na sala dos técnicos falar com a veterinária, pra perguntar se já tinha chego o remédio dele e ela me falava que não, que não tinha chegado remédio ainda, que já tinha solicitado mas não tinha chegado e que já tinha vários dias (que Duda tava) sem tomar o remédio”, afirmou.
Arara-azul de jardim zoobotânico morre com pneumonia
Em nota, a Semma disse que “o Jardim Zoobotânico da Amazônia conta com uma equipe de veterinários e biólogos que oferece aos animais do parque monitoramento e tratamento adequados”.
Sobre os motivos que levaram a ave a adoecer, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que “não há indício de surto ou contaminação de animais e que as medidas sanitárias e de tratamento da fauna continuam as mesmas sem alteração”.
Mascote do bosque
Otoniel Cardoso conta que “Duda” era considerado um mascote do público local, além de ser um dos animais mais procurados.
“Era uma arara azul muito mansa, doce, interagia, dançava e tudo. Então a gente tinha um cuidado muito grande com ele, principalmente eu, que trabalho na parte de alimentação”, diz.
A arara chegou a Belém em 2010 e há algum tempo a equipe do Bosque procurou promover o pareamento dele com uma ave do sexo feminino.
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