
O Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG) e o Corpo de Bombeiros fecharam, temporariamente, o atrativo natural Cânion do Peixe Tolo, onde dois turistas morreram na tarde deste sábado (19). Helicóptero do Corpo de Bombeiros durante resgate no Parque Estadual Serra do Intendente.
Divulgação/CBMMG
O Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG) e o Corpo de Bombeiros fecharam, temporariamente, o atrativo natural Cânion do Peixe Tolo, onde dois turistas morreram na tarde deste sábado (19).
As vítimas foram surpreendidas por uma cabeça d’água provocada por uma chuva repentina, por volta das 15h deste sábado (19). O casal foi arrastado pela correnteza.
O acidente aconteceu próximo a um dos principais atrativos da região, o Cânion do Peixe Tolo, na região da Cachoeira Bocaína, no Parque Estadual Serra do Intendente, em Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas Gerais.
“Por determinação do Corpo de Bombeiros e do Instituto Estadual de Florestas, o atrativo está temporariamente fechado. A Prefeitura de Conceição do Mato Dentro lamenta profundamente a perda, manifesta solidariedade às famílias das vítimas e se coloca à disposição para qualquer auxílio necessário neste momento de luto e dor”, disse a prefeitura, por nota.
Difícil acesso
O casal fazia parte de um grupo de 12 pessoas, que estava acompanhado por um guia local.
O guia e outros dois integrantes do grupo conseguiram sair da área de risco e buscaram ajuda. Outras pessoas conseguiram se abrigar em uma propriedade próxima, e também acionaram os serviços de emergência.
O restante do grupo foi localizado por volta da 1h45 da madrugada de domingo (20). De acordo com o Corpo de Bombeiros, ninguém se feriu, mas todos estavam assustados.
Durante o percurso, os militares enfrentaram uma nova cabeça d’água, que tomou a rota pelas margens e obrigou a equipe a seguir pelo leito do rio, em um trajeto de difícil acesso.
O que é uma cabeça d’água?
A cabeça d’água se forma pela chuva intensa. Geralmente, a chuva acontece em um ponto isolado e alto do rio, na nascente, por exemplo. Quando chove muito na cabeceira do rio, a tendência natural é o volume de água aumentar ao longo do percurso e de maneira abrupta.
“A pancada de chuva intensa cai na cabeceira do rio, faz ele subir de nível e forma essa onda, que é uma cabeça d’água. Essa onda é gerada pela entrada de água muito rápida e faz com que as correntezas se intensifiquem”, explicou Giovanni Dolif, meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais.
Nem sempre a chuva que causa a cabeça d’água é visível em áreas dos rios e cachoeiras onde os banhistas costumam ficar. Com isso, eles são surpreendidos pela cheia e intensidade das correntezas.
Os bombeiros alertam que os primeiros sinais são a mudança na coloração da água e a presença de mais folhas e galhos.
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