
O Papa Francisco, que faleceu na madrugada (horário de Brasília) desta segunda-feira (21), agradeceu ao cuidador pessoal, Massimiliano Strappetti, nos seus momentos finais de vida. De acordo com o Vaticano, ele teria dito “obrigado por me trazer de volta à Praça”, em alusão a sua ida à Praça São Pedro, no Domingo de Páscoa, dia 20.
O pontífice chegou a fazer um gesto de “tchau” com a mão para o enfermeiro pessoal antes de morrer, e “não sofreu porque tudo aconteceu muito rápido”, afirmou o Vaticano em um comunicado nesta terça-feira (22).
Massimiliano é o profissional da saúde que, de acordo com o que o próprio Francisco falava, salvou sua vida uma vez ao sugerir que ele se submetesse a uma cirurgia de cólon. O então líder da Igreja Católica o nomeou como assistente pessoal de saúde em 2022.
O Vaticano afirmou que o enfermeiro esteve ao lado do papa Francisco durante todos os 38 dias de hospitalização no Hospital Gemelli, 24 horas por dia.
Ida à Basílica de São Pedro

No sábado (19), Strappetti acompanhou o pontífice à Basílica de São Pedro para rever o “percurso” a ser feito no dia seguinte, durante a Páscoa. Francisco fez uma última ida à Praça São Pedro, de surpresa, durante a manhã de domingo, no papamóvel. O Vaticano conta que antes do feito ele indagou ao seu enfermeiro se conseguiria — no que foi tranquilizado por Strappetti.
Cansado, mas feliz, o Papa agradeceu ao seu assistente de saúde: “Obrigado por me trazer de volta à Praça”, informou a Igreja Católica.
Últimas horas de vida
Segundo o canal oficial de notícias do Vaticano, o papa começou a apresentar sinais de uma “doença súbita” por volta das 5h30 da manhã de segunda, no horário local (0h30 no horário de Brasília), cerca de duas horas antes de morrer. Francisco teria se despedido com a mão de Massimiliano Strappetti, antes de perder a consciência.
O Vaticano afirmou ainda que Francisco morreu “tendo novamente abraçado o povo, depois de tanto tempo”. O papa morreu aos 88 anos após sofrer um AVC e uma parada cardíaca em seu apartamento na Casa de Santa Marta. ele se recuperava de uma pneumonia bilateral que o deixou internado durante 38 dias entre fevereiro e março deste ano.
“Uma morte discreta, quase repentina, sem longas esperas e muito alarde para um Papa que sempre manteve suas condições de saúde em segredo. Uma morte que ocorreu no dia depois da Páscoa, no dia depois de ter abençoado a cidade e o mundo, no dia depois de ter novamente, depois de muito tempo, abraçado o povo. Aquele a quem, desde os primeiros momentos de sua eleição, em 13 de março de 2013, tinha prometido um caminho ‘juntos’”, finalizou o comunicado do Vaticano.