Família internada após comer torta em padaria de Belo Horizonte está em estado grave – Foto: Divulgação/ND
Três pessoas da mesma família estão internadas em estado grave em uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) em Belo Horizonte, Minas Gerais. Elas passaram mal após comerem em uma padaria do bairro Serrano, na segunda-feira (21). A Polícia Civil investiga se o caso se trata de uma intoxicação alimentar ou de um envenenamento criminoso.
O estabelecimento foi interditado pela Vigilância Sanitária por “irregularidades em questões de higiene” e falta de alvará. O padeiro e o dono do comércio prestaram depoimento e foram liberados.
Tudo o que se sabe sobre família internada após comer torta em MG
As vítimas são uma idosa de 78 anos, sua sobrinha de 23 anos e o namorado da jovem, de 24 anos. O casal visitava a tia e comprou empadas e uma torta de frango na Padaria Natália, próxima à casa dela.
Após consumirem os alimentos, suspeitaram que estavam estragados e retornaram ao estabelecimento, onde receberam o estorno do valor pago. O casal viajou para Sete Lagoas, onde mora e, durante a madrugada de terça-feira (22), ambos começaram a passar mal e foram internados na UTI do município.
A tia, que ficou em Belo Horizonte, passou mal na manhã de terça-feira. Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória, foi reanimada pelo filho e também foi levada à UTI de um hospital particular da capital mineira. As informações são do R7.
Vítimas compraram empadas e uma torta de frango e passaram mal após comerem os alimentos – Foto: Divulgação/Receitas Nestlé/ND
As três vítimas seguem internadas e foram entubadas. O casal apresentou insuficiência respiratória e está sob monitoramento. Conforme o boletim de ocorrência, os médicos suspeitam de contaminação por carbamato, organofosforado ou toxina botulínica.
Segundo o delegado Alex Sandro Cecílio Pimenta, da Polícia Civil de Minas Gerais, “não descarta nenhuma linha investigativa”. A investigação prossegue e amostras gástricas das vítimas foram coletadas e enviadas para análise em laboratório.
Ingredientes da padaria foram recolhidos para análise. A prefeitura informou, no entanto, que o alvará de localização e funcionamento do estabelecimento estava regular.
O que disseram o padeiro e o dono do estabelecimento
O proprietário do estabelecimento, que administra o local há cerca de seis anos, alegou que as vistorias da padaria estavam em dia e disse que o padeiro era novato. O funcionário teria sido chamado para um trabalho temporário e estava na padaria há seis dias. Ele afirmou em depoimento que não conseguiu contato com o padeiro após o início da investigação.
Padaria foi interditada pela Vigilância Sanitária por falta de alvará e problemas de higiene – Foto: Divulgação/Record Minas/R7/ND
O padeiro, de 55 anos, prestou depoimento na quarta-feira (23) e negou que tenha envenenado os alimentos. Conforme o delegado Pimenta, o homem alegou que “levou para casa outra torta quando esteve na empresa antes do ocorrido, a qual foi consumida por sua família, e nenhum deles sentiu algo diferente”. Ele inclusive teria levado um pedaço dessa torta à delegacia.
“Qual o meu interesse em matar quem não me prejudicou? Eu vou matar pessoas que nem conheço?”, indagou o padeiro em entrevista à Record TV. Ele disse não ter suspeitado da qualidade dos ingredientes usados, mas possuía dúvidas sobre o armazenamento dos produtos já prontos na padaria.