O que aconteceu com Fernando Collor? Veja por onde anda o ex-presidente

Fernando Collor de Mello durante audiência de custódia. Saiba o que aconteceu com Fernando Collor – Foto: Jefferson Rudy/Agência Brasil
Primeiro presidente do Brasil a sofrer um processo de impeachment, em 1992, Fernando Collor de Mello nunca abandonou a vida pública. Após um período de inelegibilidade e um exílio voluntário nos Estados Unidos, ele conseguiu reconstruir a carreira política.
Pelo menos até voltar recentemente às manchetes ao ser preso por corrupção. Entenda o que aconteceu com Fernando Collor.

Mas afinal, o que aconteceu com Fernando Collor?
Seis meses após deixar a Presidência ao sofrer impeachment, em 1993, Collor se mudou para Miami, onde viveu até 1998. De volta ao Brasil, retomou a  trajetória política no estado natal, Alagoas.
Em 2002, tentou voltar ao poder como governador, mas ficou em segundo lugar, derrotado por Ronaldo Lessa ainda no primeiro turno.
A insistência rendeu frutos em 2006, quando foi eleito senador por Alagoas, somando mais de 550 mil votos. Inicialmente filiado ao PRTB, mudou-se para o PTB logo no início do mandato. Dois anos depois, em 2008, também foi eleito membro da Academia Alagoana de Letras, ocupando a cadeira número 20.
O que aconteceu com Fernando Collor: condenação e prisão – Foto: Pablo Valadares/Agência Senado/ND
Em 2010, nova tentativa frustrada: Collor lançou a terceira candidatura ao governo de Alagoas, desta vez pelo PTB, mas foi novamente derrotado, sem chegar ao segundo turno. Mesmo com o revés, manteve a força política e, em 2014, conquistou a reeleição para o Senado, com quase 56% dos votos válidos.
Ao longo dos anos seguintes, Collor trocou de partido diversas vezes. Em 2016, filiou-se ao PTC (Partido Trabalhista Cristão) — o antigo PRN, que o havia lançado à Presidência em 1989.
Dois anos depois, em 2018, ensaiou nova candidatura presidencial, mas acabou desistindo para tentar novamente o governo de Alagoas. No entanto, retirou a candidatura meses depois, alegando falta de apoio.
Em 2019, migrou para o PROS, e, em 2022, retornou ao PTB para mais uma disputa pelo governo de Alagoas, desta vez com o apoio do então presidente Jair Bolsonaro. Apesar da aliança, Collor terminou a eleição em terceiro lugar.
O que aconteceu com Fernando Collor: prisão por corrupção
A resposta para o que aconteceu com Fernando Collor é: prisão. O ex-presidente do Brasil foi preso no dia 25 de abril, em Maceió, Alagoas. Ele foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nas investigações da Operação Lava Jato.
Collor aguardava o julgamento de recursos em liberdade, mas, com a negativa do último deles pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi determinado que ele comece a cumprir a pena.
O que aconteceu com Fernando Collor de Mello – Foto: Jefferson Rudy/Agência Brasil
O ex-presidente foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em contratos irregulares da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, com a UTC Engenharia. A pena foi de oito anos e dez meses de prisão por participação no esquema.
A ação penal aponta que o ex-presidente teve a ajuda dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos no esquema. A vantagem foi dada em troca de apoio político para indicação e manutenção de diretores da estatal.
Mesmo após prisão por corrupção, Fernando Collor tem benefícios vitalícios
Apesar da prisão, Fernando Collor tem benefícios vitalícios, assim como todos os ex-presidentes do Brasil.
Esses benefícios servem para garantir a segurança, dignidade e estabilidade dos ex-presidentes após o término dos mandatos. Eles estão garantidos por meio do Decreto 6.381/2008, que continua valendo, independentemente da situação de Collor.
O que aconteceu com o ex-presidente Fernando Collor – Foto: Agência Brasil/Reprodução
Segundo essa lei, ex-presidentes têm direitos, como:

Serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal, que são destacados para garantir a proteção e a assistência do ex-presidente.
Dois veículos oficiais, com motoristas, para garantir o deslocamento adequado do ex-presidente em qualquer circunstância.
Assessoramento de dois servidores, que prestam apoio administrativo e logístico, auxiliando nas funções e atividades cotidianas de Collor.

 

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