Inflação dos EUA e alta das commodities fazem o dólar despencar nesta terça-feira (13)

Valor do dólar fechou o dia em queda nesta terça-feira (13), com dados sobre a inflação dos EUA e alta nas commodities – Foto: Deny Campos/Arte/ND
O valor do dólar fechou o dia em queda nesta terça-feira (13), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,63. Na segunda-feira (12), o fechamento ficou em R$ 5,68.
O dólar encerrou a sessão desta terça-feira (13) em queda significativa frente ao real, aproximando-se da marca de R$ 5,60.

A desvalorização da moeda norte-americana reflete uma movimentação global, motivada especialmente pela divulgação de dados mais amenos da inflação nos Estados Unidos, o que aumentou o apetite ao risco entre investidores internacionais.
Às 17h03 (horário de Brasília) desta terça-feira (13), o dólar à vista operava em queda de 1,21%, cotado a R$ 5,6075 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar para junho, atualmente mais líquido, caía 1,18% a R$ 5,6305.
Confira o valor do dólar hoje
Dólar comercial
Usado em negociações internacionais e operações financeiras.

Compra: R$ 5,607
Venda: R$ 5,607

Dólar turismo
Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.

Compra: R$ 5,644
Venda: R$ 5,824

O que fez o dólar cair?
A valorização do petróleo e do minério de ferro pelo segundo dia consecutivo nos mercados externos fortaleceu o desempenho do real. Esse cenário de commodities aquecidas ampliou a confiança no mercado brasileiro, favorecendo a demanda pela moeda nacional.
O movimento de queda começou logo na abertura do dia, após o dólar ter subido 0,50% na segunda-feira (12), quando fechou cotado a R$ 5,6833. O recuo desta terça foi ainda impulsionado pelas negociações recentes entre Estados Unidos e China, que resultaram em um acordo para a redução temporária de tarifas comerciais.
Essa trégua entre as duas maiores economias do mundo superou as expectativas dos analistas e contribuiu para um clima de otimismo global.
No Brasil, queda no valor do dólar volta-se à ata do Copom e ao desempenho da Petrobras
No cenário doméstico, os investidores absorvem os efeitos da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada pelo Banco Central, além de aguardarem os balanços financeiros de grandes empresas, como a Petrobras, esperados para o fim do dia.
Segundo o documento divulgado nesta terça-feira (13), a diretoria do Banco Central reiterou que, em um ambiente de expectativas de inflação ainda desancoradas, será necessário manter uma política monetária mais rígida por um período prolongado.
O tom adotado, que auxiliou a queda no valor do dólar, sinaliza que os juros devem permanecer elevados por mais tempo, como forma de conter pressões inflacionárias persistentes.
Esse panorama de cautela e vigilância monetária também influencia as decisões dos investidores estrangeiros, que ponderam os riscos e oportunidades oferecidos pelo mercado brasileiro diante da política econômica atual.

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