Sete perguntas e respostas sobre as mudanças no ED – Foto: Pixabay/Reprodução/ND
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta segunda-feira (19) um decreto que regulamenta a Nova Política do EaD (Educação a Distância). Com a publicação, graduações de Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia deverão ser ofertadas exclusivamente no formato presencial.
Veja abaixo as principais mudanças no EaD explicadas em sete perguntas e respostas:
1. O que muda no ensino à distância?
Nenhum curso poderá ser 100% online.
Pelo menos 20% da carga horária precisa ser cumprida presencialmente, seja na sede da instituição ou em outro local, com professores e alunos juntos.
Outra opção é realizar atividades síncronas, que são aulas ao vivo pela internet, com interação entre alunos e professores.
Além disso, as provas devem ser feitas presencialmente.
O decreto também cria a modalidade semipresencial, que combina ensino online com atividades físicas obrigatórias, como estágio ou práticas laboratoriais.
Os polos de EaD, espaços físicos fora do campus, precisarão oferecer uma estrutura mínima adequada, como tecnologia e laboratórios.
Mudanças no ED foram anunciadas nesta segunda-feira (19) – Foto: EBC/Divulgação/ND
2. As mudanças valem para todos imediatamente?
Não. As instituições têm até dois anos para se adaptar às novas regras.
Quem já está matriculado em cursos que não poderão continuar 100% à distância poderá terminar o curso do jeito que começou, sem mudanças.
3. O que são atividades síncronas e como funcionam?
Atividades síncronas são aquelas feitas online, em tempo real, com interação entre alunos e professores, como aulas ao vivo.
Para garantir qualidade, cada mediador pode acompanhar no máximo 70 alunos, e a frequência é controlada. Essas atividades contam como ensino à distância, não como aulas presenciais.
O governo federal explicou as mudanças no EaD – Foto: Jonas Pôrto/Divulgação
4. O que muda nas provas e avaliações?
Cada disciplina oferecida a distância deve ter pelo menos uma avaliação presencial, que deve ser a mais importante para a nota final. Essa prova pode envolver análise, síntese ou atividades práticas.
5. E os alunos já matriculados em cursos que mudarão?
Eles poderão continuar e concluir o curso no formato inicial, com a oferta da modalidade à distância mantida até a formatura.
Mudanças no EaD atingem cursos de graduação – Foto: Aline Cardozo/CCA/UFSC/ND
6. Qual é a infraestrutura mínima exigida para os polos de EaD?
Os polos precisam oferecer suporte acadêmico adequado, incluindo salas para coordenação, espaços para estudo, laboratórios quando necessários e acesso à internet.
Além disso, não será permitido que esses espaços sejam compartilhados entre diferentes instituições.
7. O que muda com a criação do formato semipresencial?
O formato semipresencial combina atividades presenciais, como estágios e práticas, com atividades online, oferecendo mais opções para os estudantes escolherem a forma de estudo que melhor se adapta à sua rotina.
Outras mudanças no EaD
A Nova Política de EaD trata, ainda, da valorização do corpo docente e da mediação pedagógica, com exigência de quantidade de professores compatível com o número de estudantes.
Outra das mudanças no EaD é a criação da figura do mediador pedagógico, que deve ter função exclusivamente pedagógica e formação acadêmica compatível com o curso, distinta das atribuições administrativas dos tutores.
MEC anuncia mudanças no EaD e proíbe ensino à distância em Direito e outras 4 graduações – Foto: Pixabay/Divulgação
Tipos de atividade das mudanças no EaD – A nova política uniformiza definições como:
Atividades presenciais: realizada com a participação física do estudante e do docente em lugar e tempo coincidentes.
Atividades assíncronas: atividade de EaD na qual o estudante e o docente estejam em lugares e tempos diversos.
Atividades síncronas: atividade de EaD na qual o estudante e o docente estejam em lugares diversos e tempo coincidente.
Atividades síncronas mediadas: atividades interativas, com grupo reduzido de estudantes, apoio pedagógico e controle de frequência.
