Tarifas dos EUA: ministro afirma que Brasil trabalha para derrubar barreira comercial

Ministro de Estado das Relações Exteriores, Mauro Vieira; presidente eventual da CRE, senador Esperidião Amin (PP-SC). – Foto: Carlos Moura/Agência Senado
Nesta terça-feira (20), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, criticou as tarifas dos EUA aplicadas no mercado internacional. Em fevereiro deste ano, o presidente americano Donald Trump anunciou barreiras comerciais para diversos países.
De acordo com o ministro brasileiro, as tarifas dos EUA não consideram a balança comercial com países parceiros. Em audiência no Senado Federal, Mauro Vieira ressaltou que os Estados Unidos têm superávit de US$410 bilhões nos últimos 15 anos. O ministro foi convidado para explicar a concessão de asilo diplomático para a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia.

“Nossa convicção é que os Estados Unidos nada teriam a ganhar com barreiras às importações originárias do Brasil, pois se beneficiam muito dos nossos históricos laços bilaterais”, afirmou o ministro sobre as tarifas dos EUA sobre as relações comerciais com o Brasil.
Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira – Foto: Reprodução Youtube/TV Senado
Itamaraty trabalha para retirar tarifas dos EUA
A taxa imposta ao Brasil pelo governo americano é de 10%. Segundo o ministro, a menor alíquota de todas que foram aplicadas pelos Estados Unidos foi resultado das relações diplomáticas. Desde fevereiro, quando houve o anúncio das tarifas dos EUA, o Itamaraty mantém diálogo com autoridades americanas para retirar a barreira comercial.
“Apesar da taxação, o nosso esforço pelo diálogo e negociação serviu para estabelecer, em pouco tempo, a coerência dos fatos” afirmou o ministro sobre a atuação da pasta e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). “O correto e o que vamos perseguir é a não aplicação de qualquer tarifa unilateral ao Brasil.”
Donald Trump anunciou tarifas dos EUA em fevereiro – Foto: Isac Nóbrega/PR
Segundo Mauro Vieira, há uma profusão de medidas protecionistas unilaterais por meio de tarifas que buscam muitas vezes objetivos não relacionados a questões comerciais e econômicas. “Em outras palavras, é o retorno da lei do mais forte no cenário internacional”, comentou o ministro.

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