
Pacientes participaram de mutirão em um hospital de Campina Grande. Segundo a SES, 17 pessoas seguem internadas. Hospital de Clínicas de Campina Grande
Artur Lira / TV Paraíba
Sete pacientes que apresentaram complicações após um mutirão oftalmológico realizado em um hospital de Campina Grande passaram por novos procedimentos nesta quarta-feira (21). A ação aconteceu no Hospital de Clínicas na última quinta-feira (15), e 29 pacientes apresentaram sintomas que variaram de leves a graves.
Seis pacientes passaram por cirurgias e uma pessoa realizou uma lavagem da câmara anterior do olho. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que todos os procedimentos foram concluídos com sucesso.
Segundo a Secretaria de Saúde, ao todo, 17 pacientes continuam internados em uma clínica credenciada. Outros três também estão na unidade, mas ainda avaliam se permanecerão internados no local. Todos os pacientes estavam anteriormente no Hospital Metropolitano de Santa Rita, na Grande João Pessoa.
Outros dois pacientes hospitalizados no HELP, em Campina Grande, receberam alta, apresentando estabilidade clínica.
Em nota, a secretaria afirmou que os pacientes seguem sendo monitorados continuamente e recebem todo o acompanhamento necessário por equipes especializadas. Nesta quinta-feira (22), todos passarão por uma nova reavaliação.
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O que se sabe sobre mutirão oftalmológico em Campina Grande?
Entenda o caso
Pacientes submetidos a procedimentos oftalmológicos durante um mutirão realizado no Hospital de Clínicas de Campina Grande, na última quinta-feira (15), têm relatado complicações graves, incluindo casos de infecção e até perda total da visão.
A Secretaria de Saúde da Paraíba apura o caso e admitiu que medicamentos vencidos estavam entre os que foram utilizados no mutirão, que foi realizado por uma empresa contratada.
O caso já é alvo de uma investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB). O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) também acompanha a situação.
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Quantidade de pacientes atendidos e que apresentaram complicações
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), 64 pessoas participaram do mutirão, que foi realizado por meio de um contrato entre a pasta e a Fundação Rubens Dutra Segundo.
Na segunda (19), quatro pacientes apresentaram desconfortos, e nesta terça (20), a SES-PB atualizou esse número e pelo menos nove pacientes apresentaram desconforto persistente e baixa visão.
Nesta quarta (21), quase 29 pacientes apresentaram sintomas de leve a graves após participarem de um mutirão de procedimentos oftalmológicos em um hospital de Campina Grande na última quinta-feira (15). Desses, nove tiveram complicações graves e dois já receberam alta médica. As informações foram confirmadas pelo secretário de saúde da Paraíba, Ari Reis.
Medicamentos vencidos foram utilizados no mutirão, aponta SES-PB
Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB)
TV Cabo Branco/Reprodução
Parte dos medicamentos usados no mutirão oftalmológico que aconteceu no Hospital de Clínicas em Campina Grande, estava vencida. A informação foi confirmada nesta terça-feira (20) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), após pacientes que passaram por procedimentos no mutirão relatarem infecção e perda de visão.
De acordo com a SES-PB, ao menos 6 dos 30 frascos da medicação utilizada estavam vencidos e abertos. Há indícios de que os medicamentos vencidos foram usados no mutirão de procedimentos oftalmológicos realizado na última quinta-feira (15).
Segundo a SES-PB, o contrato com a empresa foi rompido após a repercussão do caso.
A secretaria ressaltou que os profissionais e o fornecimento de materiais utilizados durante o procedimento são de “responsabilidade exclusiva da empresa”. À TV Paraíba, o presidente da Fundação Rubens Dutra Segundo disse que acompanha as investigações e confirmou que os medicamentos e profissionais envolvidos possuem ligação com a fundação.
Rubens Dutra também afirmou que mais de 20 pacientes apresentaram sintomas após os procedimentos, explicou que presta assistência a eles desde o sábado (17) e disse acreditar que uma possível aplicação de medicação vencida não ocasionaria as reações apresentadas. A fundação destinou uma equipe para investigar as causas das infecções e deve divulgar até a próxima quinta-feira (22) o resultado.
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