China e Rússia confirmam usina nuclear na Lua; saiba qual o objetivo do projeto

Construção da usina nuclear na Lua faz parte do planejamento de uma base científica – Foto: Reprodução/R7/ND
Rússia e China assinaram, nesta semana, um memorando de cooperação para construir uma usina nuclear na Lua. A estrutura será construída até 2035 pela agência espacial russa Roscosmos e pela CNSA (Administração Espacial Nacional da China).
Segundo o jornal South China Morning Post, o objetivo é fornecer energia para a ILRS (Estação Internacional de Pesquisa Lunar), futura base de pesquisa científica projetada no satélite natural da Terra.

Com a usina nuclear na Lua, China e Rússia pretendem garantir o fornecimento energético para pesquisa e exploração lunar, abrindo caminho para a presença humana. O acordo foi assinado durante uma visita do presidente chinês Xi Jinping a Moscou.
Objetivo do projeto ILRS é construir base científica permanente para estabelecer presença humana na Lua – Foto: Divulgação/CNSA/ND
O reator terá capacidade estimada de 40 quilowatts, capaz de abastecer o equivalente a 33 residências norte-americanas. A energia nuclear seria essencial para sustentar a presença humana em solo lunar, visto que um dia na Lua dura cerca de um mês. Painéis solares são insuficientes porque há duas semanas de sol e duas semanas de noite seguidas.
Usina nuclear na Lua impulsiona corrida entre China e Estados Unidos
A presença humana na Lua é uma meta almejada tanto pelos chineses quanto pelos estadunidenses. A ILRS é considerada rival do programa Artemis, dos Estados Unidos, que prevê a construção da estação espacial “Gateway” na órbita lunar em 2027.
China pretende liderar exploração espacial e colocar astronauta na Lua até 2030 – Foto: Divulgação/Xinhua/ND
O programa da Nasa conta com diversas empresas parceiras e 55 países, inclusive a Agência Espacial Europeia. Os Estados Unidos também planejam uma usina nuclear na Lua.
Enquanto isso, o projeto da Rússia e da China conta com outros 11 países participantes. Entre os envolvidos, estão Paquistão, Venezuela, Bielorrússia, Azerbaijão, África do Sul, Egito, Nicarágua, Tailândia, Sérvia, Senegal e Cazaquistão.
“A estação vai conduzir pesquisas espaciais fundamentais e testar tecnologia para operações da ILRS sem tripulação, com a perspectiva de presença humana na Lua”, anunciou a Roscosmos.
Estação internacional de pesquisa com usina nuclear na Lua já tem 13 países parceiros – Foto: Divulgação/CNSA/ND
A ILRS ainda não tem data para inauguração. Wu Weiren, chefe do projeto, declarou que a China pretende convidar mais 50 países, 500 instituições internacionais de pesquisa e 5 mil pesquisadores para participar.
A China envia veículos não tripulados à Lua desde 2013 e alcançou um marco em junho de 2024, quando se tornou o primeiro país a coletar rochas do hemisfério chamado de “lado escuro”.
A missão chinesa Chang’e-8, prevista para 2028, deve instalar as primeiras peças da ILRS. A nação pretende pousar um astronauta na Lua até 2030.
Com informações do R7

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