Escolhido pelo eleitor de São José para mais quatro anos de mandato, de 2025 a 2028, o prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD) é um campeão das urnas. Após dez mandatos na Câmara de Vereadores, chegou ao Executivo em 2021 e agora ajuda a construir as bases da cidade para 2050.
O prefeito de São Jose, Orvino Coelho de Ávila – Foto: PMSJ/ND
Enquanto vereador, votou pela aprovação do Plano Diretor de 1985, agora, como prefeito, priorizou a atualização das diretrizes e conseguiu entregar o novo modelo à cidade. O segundo governo de Orvino ainda está começando, mas ele já tem o que apresentar.
Nesta entrevista, aborda temas sensíveis, como a renovação do contrato com a Casan e a ampliação do ensino integral. Revela também qual deve ser a prioridade do município em mais uma gestão ao lado de Michel Schlemper. Confira a entrevista:
Qual a principal área em que São José deve focar para ser uma cidade referência em 2050?
Ser gestor de um município do porte e da diversidade econômica de São José é um desafio que encaramos de frente e com responsabilidade. Atuamos com obras estruturantes, com ampliação da malha viária e da rede de ensino e atenção à saúde.
Em outra frente, buscamos modernizar o licenciamento de novas construções em negócios em São José, atraindo investimentos e empregos. Tudo isso pensando em quem escolhe São José para construir a vida.
Esperamos mais que dobrar o número de moradores nos próximos 25 anos, e estamos planejando a cidade para isso. Portanto, se precisasse elencar uma área, diria que nossa prioridade são as pessoas.
Quais são as principais mudanças do novo Plano Diretor que vão contribuir para o desenvolvimento da cidade?
O novo Plano Diretor foi elaborado a muitas mãos, com participação popular. Nós buscamos definir as áreas para as quais a cidade deve se expandir. São diversas mudanças, mas podemos destacar a segurança jurídica. Os empreendimentos de grande impacto devem promover audiências para apresentar EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança), com as contrapartidas para mitigar efeitos no trânsito e na densidade populacional, por exemplo.
Temos aumento do limite de pavimentos em ruas estratégicas para o crescimento, ao mesmo tempo que deslocamos as grandes construções para fora de vias mais saturadas. O Plano Diretor se tornou um documento de diretrizes, enquanto a Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo vai informar ao pequeno e ao grande construtor as regras. É clareza, segurança e agilidade para o licenciamento, porque o município fornece a análise de viabilidade em até 24 horas.
Na mobilidade urbana, qual obra já entregue considera que alterou a realidade do município para melhor?
Não diria uma obra em específico, mas o conjunto das novas avenidas que formam o anel viário interno. Aí consideramos a avenida BeiraRio, a ligação entre Areias e Potecas, a conexão entre os loteamentos Lisboa e Recanto da Natureza e, mais recente, a nova ligação entre os loteamentos Nova São José e o Portal da Colina. Conectamos regiões, aproximamos bairros e possibilitamos que o motorista não precise da BR101 para os deslocamentos diários.
Quais obras em fase de projeto, ou já avançando, têm potencial de melhorar ainda mais a mobilidade urbana e por que confia nisso?
Certamente a avenida Beira-Mar de Barreiros será um grande avanço para São José e para toda a Grande Florianópolis. Já obtivemos a LAP (Licença Ambiental Prévia), estamos com financiamento internacional garantido e nos preparamos para lançar a licitação das obras.
Na educação, como está a oferta de ensino integral? Está em nível satisfatório? Há um plano para ampliação?
Nós ampliamos a oferta de ensino integral, alcançando mais estudantes e mais bairros. Considerando educação fundamental e infantil, além de vagas integrais em escolas conveniadas e instituições filantrópicas, são mais de 5.300 alunos atendidos. Essa ampliação caminha em conjunto com a ampliação de vagas com a abertura de novas unidades, com o CEI Solemar e o complexo escolar do José Nitro, que está com a estrutura avançada.
No saneamento básico, estão satisfeitos com os serviços da Casan? Considerando que o contrato está perto de vencer, quais serão as imposições da prefeitura para renovar?
Estamos atentos ao assunto, priorizando o interesse da população. Recentemente, notificamos a Casan duas vezes em menos de dez dias por rompimento de adutoras. Também cobramos ativamente a conclusão das obras da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), em Potecas, onde o atraso da Casan prejudica os moradores com forte odor. Estamos em tratativas com o Estado para buscar a melhor solução.
Em que fase está a ideia de uma marina e outros equipamentos de lazer na Beira-Mar de São José?
Lançamos duas propostas de manifestação de interesse, as PMIs, para ouvir a iniciativa privada sobre o melhor modelo para concessão da exploração da atividade de marinha e do complexo de lazer da Beira-Mar. É o início de um grande projeto de requalificação desta região. A cidade foi se desenvolvendo de costas para a Beira-Mar, e agora buscamos levar mais estrutura para a orla por meio de parcerias público-privadas.
Qual foi a maior contribuição que o senhor acredita ter dado para São José de 2050?
Tudo que conquistamos desde o primeiro mandato foi trabalho de uma grande equipe, até o atendimento ao cidadão na ponta. Quando chegamos, em 2021, encontramos uma São José sem projetos. Com muito fôlego e trabalho, estamos colhendo os frutos do que começamos há quatro anos. Tenho uma vida dedicada a São José e seguirei honrando a confiança dos moradores no nosso projeto de cidade.
São José 2050: foco nas pessoas e no desenvolvimento sustentável
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