Paulo Gonet esquece que microfone estava ligado e faz comentário inusitado durante depoimento de José Aldo Rebelo – Foto: Antonio Augusto/TSE/ND
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, protagonizou um momento inusitado durante sessão no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (23), ao esquecer seu microfone ligado e deixar escapar um comentário espontâneo.
O episódio ocorreu durante o depoimento do ex-ministro da Defesa José Aldo Rebelo, convocado como testemunha no processo que apura articulações golpistas registradas em 2022.
Segundo relatos, a audiência foi marcada por um clima tenso, especialmente após uma pergunta formulada por Paulo Gonet com a frase inicial: “O senhor acredita…”. Em seguida, sem se dar conta de que seu microfone ainda estava aberto, Gonet soltou a frase: “Fiz uma cagada agora”.
Por que a pergunta foi polêmica?
A formulação da pergunta gerou reação negativa entre juristas, que argumentaram que testemunhas devem se ater à descrição de fatos e não a opiniões ou crenças pessoais.
A reação de Paulo Gonet provocou risos entre os presentes na sala da sessão e o episódio não passou despercebido por quem acompanhava os desdobramentos do julgamento no STF.
A sessão em que ocorreu o comentário espontâneo de Paulo Gonet ainda contou com o depoimento do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que também foi ouvido no mesmo processo investigativo.
Aldo Rebelo prestou depoimento nesta sexta-feira (13) – Foto: Antonio Cruz/Arquivo Agência Brasil
Além de Paulo Gonet, Dino e Moraes também chamaram atenção durante julgamento no STF esta semana
Além de Paulo Gonet, outras figuras públicas também se destacaram nos debates jurídicos ocorridos ao longo da semana. Na quinta-feira (22), o ministro Flávio Dino causou surpresa ao ler, em plenário, um comentário ofensivo enviado à ouvidoria do STF.
No texto, um cidadão se referia a ele com o termo “rocambole do inferno”, além de acusações envolvendo outros nomes públicos como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Dilma Rousseff. Dino rebateu com bom humor, afirmando que, na época mencionada, ele “tinha 11 anos e estava brincando de carrinho”.
‘Rocambole do inferno’: Ministro do STF lê xingamento recebido por ouvidoria – Vídeo: Reprodução/Portal Migalhas/STF
Já na quarta-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes também teve destaque ao mencionar ironicamente apelidos usados contra ele pelos investigados. Entre eles, estava a alcunha de “cabeça de ovo”, atribuída ao magistrado pelo coronel do Exército Márcio Nunes de Resende Júnior, um dos réus.
Moraes leu o trecho da denúncia em que o militar questiona e dá um apelido ao ministro: “Se a gente não tem coragem de enfrentar o cabeça de ovo, vamos enfrentar quem?”.
Moraes leu os apelidos durante julgamento da Primeira Turma do STF – Vídeo: Reprodução/ND