Veja a íntegra da entrevista do presidente do Partido Novo ao ND Mais

Íntegra da entrevista do presidente do Partido Novo ao ND Mais – Foto: Patrícia Costa/ND Mais
O presidente nacional do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, concedeu uma entrevista exclusiva ao ND Mais na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) e fez um balanço da trajetória da legenda, analisou o cenário político atual e traçou as metas para as eleições de 2026.
Eduardo Ribeiro afirmou que o partido vive sua melhor fase desde o registro oficial em 2015 e se consolidou como a sigla “mais à direita do Brasil, sem nunca ter sido extremista”.

Segundo ele, o Novo atingiu maturidade política e se faz presente em diversos estados com prefeitos, vereadores e parlamentares. O objetivo, afirma, é crescer ainda mais. “Nós vamos entrar nas eleições de 2026 muito mais fortes do que nós entramos nas eleições de 2018”.
Assista à entrevista do presidente do Partido Novo:

Críticas ao governo e ao Judiciário
Eduardo Ribeiro foi direto ao apontar críticas ao governo Lula, que classificou como ineficiente e ideologicamente enviesado. “É um governo analógico em um mundo digital”. Ele também reprovou a proposta do presidente Lula de envolver a China na discussão sobre regulação das redes sociais, classificando-a como “absurda e perigosa”.
Além do Executivo, o presidente do Novo também não poupou críticas ao STF, dizendo que o Brasil vive “um estado quase de exceção” devido a decisões que, segundo ele, extrapolam os limites do Judiciário, especialmente no que diz respeito à liberdade de expressão.
Entrevista do presidente do Partido Novo ao ND Mais – Na foto, Eduardo Ribeiro – Foto: Patrícia Costa/ND Mais
“O eleitor sempre costuma escolher o senador no final [da campanha eleitoral]. Eu acho que agora isso vai mudar. A eleição do Senado vai vir para o centro do debate por causa dos abusos do Supremo Tribunal Federal”, disse Eduardo Ribeiro.
Eleições 2026: entre Bolsonaro e Zema
Ao abordar o posicionamento do Novo para as eleições em 2026, Eduardo Ribeiro confirmou que a sigla apoiará Jair Bolsonaro, caso o ex-presidente tenha sua elegibilidade restabelecida. Por enquanto, o ex-presidente está inelegível até 2030 por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Apesar de reconhecer erros na gestão passada, afirmou que Bolsonaro continua sendo “a força política de direita mais forte do país” e defendeu a união da direita como única alternativa viável para enfrentar o PT nas urnas. “Nós seremos oposição até o fim desse governo”, reiterou.
Bolsonaro terá apoio do Novo em 2026; plano B é Zema – Foto: Romeu Zema/Reprodução
Se Bolsonaro não puder disputar, o nome natural do Novo é Romeu Zema, atual governador de Minas Gerais. “Zema é pré-candidatíssimo”, “É o outsider que deu certo”, disse o presidente do partido, acrescentando que a vitória em Minas o credencia para uma disputa nacional.
Câmara dos Deputados e gastos públicos
Outro tema comentado durante a entrevista do presidente do Partido Novo foi a proposta aprovada pela Câmara que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531. Eduardo Ribeiro criticou a medida, argumentando que ela representa mais gastos públicos sem corrigir desequilíbrios na representação dos estados.
“Eu não sou a favor da ampliação de cadeiras, eu sou a favor da redistribuição das cadeiras de acordo com a Constituição e de acordo com a população. O que foi feito no Congresso foi um grande do remendo e abriu-se um precedente perigosíssimo”, defendeu.
Joinville no radar estadual
Encerrando a entrevista do presidente do partido Novo, o jornalista Paulo Cesar da Luz questionou Eduardo Ribeiro sobre a possibilidade de uma chapa do Novo concorrer ao governo do estado. O presidente elogiou a gestão do prefeito de Joinville, Adriano Silva, e afirmou que, embora ainda seja cedo, não descarta a possibilidade de uma candidatura dele ao governo de Santa Catarina em 2026.
“Eu acho que vai ser uma decisão dele [Adriano] e do diretório estadual. Seria a minha se eu pudesse escolher, porque acho que ele é certamente o futuro do Estado. Os olhos estão para o Adriano”.

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