
A verdade é que mudar faz parte da vida, mesmo que a gente tente fugir disso. A gente se apega ao conhecido: ao mesmo trajeto, às mesmas conversas, aos mesmos planos. Por quê? Porque dá uma sensação de controle, de segurança e o que a gente gosta é de previsibilidade. Só que, no fundo, todo mundo sabe: as coisas mudam. As pessoas mudam. A vida muda.
E isso pode ser assustador. Mudar de emprego, de cidade, de amizade, de opinião… tudo isso pode causar um nó na cabeça e no coração. Porque, por mais que a mudança traga algo bom, ela quase sempre exige que a gente abra mão de algo que já fazia parte de quem a gente era. É um sentimento ambíguo: sentir o frescor da novidade com o aperto no peito de uma vivência de luto.
Mas olha só: crescer, amadurecer, se reinventar… nada disso acontece sem alguma dose de mudança. E aceitar isso não quer dizer que você tem que gostar da mudança logo de cara, mas que entende que a vida é feita de ciclos. O que hoje parece desconforto, amanhã pode ser virada de chave.
Sabe aquele apego ao “sempre foi assim”? Ele é perigoso. Muitas vezes, a gente insiste em se manter no conhecido — mesmo que já não caiba mais, mesmo que já tenha deixado de fazer sentido — só pra não ter que encarar o novo. E se a sua resistência à mudança for, na real, um sinal de que algo muito melhor está querendo nascer aí dentro?
A vida é movimento. E como Heráclito dizia: você nunca entra duas vezes no mesmo rio, porque nem o rio é o mesmo, nem você.
Então, respira. Dá espaço. Permita-se fluir com a vida. Porque o novo só chega quando a gente solta o velho.