Gilson Machado é preso horas depois de se encontrar com Bolsonaro

Gilson Machado e Bolsonaro durante encontro em Natal – Foto: Instagram/Reprodução
O ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (13), em Recife (PE). A prisão ocorreu poucas horas após ele ter participado de compromissos ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro em Natal (RN), na quinta-feira (12).
O encontro entre os dois foi publicado pelo ex-ministro na internet. Em uma das imagens divulgadas, eles aparecem lado a lado, em um restaurante. “Como é bom te ver bem e com saúde, meu amigo”, escreveu Gilson Machado.
Gilson Machado e Bolsonaro durante encontro em Natal. – Foto: Instagram/Reprodução
Prisão de Gilson Machado está relacionada a uma investigação da PF
A prisão de Gilson Machado está relacionada a uma investigação da PF que apura uma suposta tentativa de ajudá-lo a obter um passaporte português em nome de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o objetivo seria facilitar uma eventual fuga de Cid para escapar das investigações em andamento.
Mauro Cid é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por envolvimento na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Nesta sexta-feira, ele foi alvo apenas de mandado de busca e apreensão e prestou depoimento à PF em Brasília, às 11h. Inicialmente, havia mandado de prisão contra ele, mas a ordem foi revogada, segundo o portal R7.
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso, durante depoimento no STF – Foto: Tom Molina/STF/ND
Abertura de inquérito por obstrução de Justiça.
A prisão de Gilson Machado foi autorizada após a PGR solicitar ao STF a abertura de inquérito por obstrução de Justiça. A investigação também inclui medidas como apreensão de documentos e acesso a dados telefônicos e digitais do ex-ministro.
Segundo os investigadores, Machado teria atuado no mês passado para ajudar Mauro Cid a obter o passaporte estrangeiro, o que poderia configurar uma tentativa de impedir que o militar respondesse criminalmente à Justiça brasileira.