PF fecha seis garimpos ilegais operando em área de projeto de assentamento no Pará

Duas pessoas foram presas e 24 trabalhadores foram encontrados em situação semelhante à de escravo. A operação ocorreu em Cumaru do Norte, sudeste do estado. Seis garimpos ilegais são fechados em operação
Ascom Polícia Federal
Seis áreas de garimpo ilegal foram fechadas pela Polícia Federal em Cumaru do Norte, no sudeste do Pará.
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A operação denominada “São Francisco” faz referência ao nome da chácara no projeto de assentamento João Lanari do Val, onde os crimes ambientais foram detectados.
A operação resgatou 24 trabalhadores em condições semelhantes às de escravidão na quinta-feira (1º). Duas pessoas foram presas.
Os policiais federais ainda apreenderam:
quatro escavadeiras hidráulicas,
três motores bomba-d’água,
três espingardas,
20 munições,
cinco recipientes contendo substância semelhante a mercúrio,
celulares,
e diversos utensílios utilizados no processamento do ouro, como baterias e tapetes de garimpo.
Áreas de garimpo foram identificadas por imagens de satélite em Cumaru do Norte, no Pará.
Reprodução / PF-PA
Segundo a PF, os presos foram autuados pelos crimes de posse irregular de arma de fogo, garimpo ilegal, manter trabalhadores em condição análoga à de escravo, armazenar mercúrio em desacordo com as exigências estabelecidas em leis e extração de recursos minerais autorização.
Um dos presos também foi autuado por posse de ouro de maneira irregular.
A PF informou que os trabalhadores resgatados viviam em condições degradantes, morando em barracos de lona sem água tratada nem banheiro, além de várias outras irregularidades encontradas.
De acordo com a verificação preliminar, quando imagens de satélite foram analisadas, havia intensa degradação ambiental na chácara e ainda no raio de aproximadamente 5 quilômetros, indicando a existência de garimpos ilegais.
A investigação aponta que vários pontos identificados não tinham autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) para a lavra garimpeira.
Em nota, a PF disse que as investigações devem continuar para identificar outros possíveis responsáveis pelos garimpos ilegais e a existência de mais pontos de extração ilegal de ouro na região.
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