Ação investiga golpes aplicados contra instituições financeiras no Pará. Porsche avaliado em mais de R$ 500 mil é apreendido
Divulgação/MPPA
Um carro de luxo avaliado em mais de meio milhão de reais está entre os itens que foram apreendidos durante a operação Apate, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Pará, nesta terça-feira (28), em Belém.
A ação investiga golpes aplicados contra instituições financeiras no Pará. O prejuízo causado pelos suspeitos pode chegar a R$ 30 milhões. Duas pessoas foram presas em casa, na manhã desta terça-feira.
O veículo de luxo apreendido– modelo Porsche – pertence a um dos investigados. Outros mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara de Inquéritos de Belém foram cumpridos.
Os alvos da operação são a advogada Giseanny Valéria Nascimento da Costa, e o ex-cartorário Diego Kós Miranda, que são suspeitos dos crimes de associação criminosa, estelionato, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro. O g1 tenta contato com advogados dos suspeitos.
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Segundo o Gaeco, os golpes foram aplicados contra com Banco da Amazônia (Basa) e o Sicoob, em 2023. Os suspeitos abriam empresas e escritórios de alto padrão para impressionar os gerentes dos bancos e, desta forma, ter facilidade para adquirir financiamentos sem que fosse realizada uma análise minuciosa e cuidadosa dos documentos apresentados por eles – e que eram falsos, na verdade.
As instituições financeiras só tomavam conhecimento do crime quando chegava o período de pagamento das parcelas do empréstimo e a dívida, então, não era quitada, nem abatida.
Operação do Gaeco investiga golpes contra bancos, em Belém. Carros foram apreendidos.
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O Banco da Amazônia informou que tem ciência das investigações em curso e que vai colaborar com as autoridades. O g1 solicitou um posicionamento do Sicoob, que até o momento da publicação desta matéria não retornou o e-mail.
O Basa abriu um procedimento interno para apurar a conduta dos empregados que possam ter envolvimento no esquema.
Os suspeitos também tentaram aplicar o mesmo de golpe contra a Caixa Econômica Federal, mas a instituição apurou informações sobre a documentação de um imóvel apresentado por eles. A Caixa, no entanto, entrou em contato com o Cartório de Registro de Imóveis do 2º Ofício de Belém e constatou que a certidão era falsa.
A reportagem também entrou em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB/PA) para saber sobre a situação de Giseanny Valéria Nascimento da Costa e aguarda uma resposta.
Operação do Gaeco investiga golpe contra bancos, no Pará
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Suspeito de aplicar golpe contra bancos usava carro de luxo avaliado em mais de R$ 500 mil, em Belém
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