Mais de 35 mil pessoas são esperadas para o maior evento científico da América Latina, em Belém

Evento ocorre na Universidade Federal do Pará (UFPA) entre 7 a 13 de julho. Encontro é gratuito e aberto a todos, com atrações para todas as idades e interesses, afirma o reitor Emmanuel Zagury Tourinho. Vista aérea do Campus Universitário do Guamá, da Universidade Federal do Pará.
Divulgação
A Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, recebe a partir deste domingo (7) o maior evento científico da América Latina. Segundo a organização, a expectativa é que a 76ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) atraia um público de mais de 35 mil pessoas.
Em entrevista ao g1, o reitor Emmanuel Zagury Tourinho afirma que todas as atividades das programações da SBPC podem ser frequentadas gratuitamente por qualquer pessoa.
“É muito importante a população saber que a participação é gratuita. Tudo aqui é totalmente gratuito para todas as pessoas que vierem visitar. Ninguém precisa pagar ingresso para participar”, garante o reitor.
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A edição de número 76 tem como tema “Ciência para Um Futuro Sustentável e Inclusivo: Por um Novo Contrato Social com a Natureza”, e ocorre de 7 a 13 de julho, no campus Guamá da UFPA.
O que é a reunião anual da SBPC?
Criada em 1948, a SBPC é uma entidade da sociedade civil voltada à defesa do avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil.
Desde 1949, a entidade realiza, ininterruptamente, reuniões com o objetivo de difundir para toda a população os avanços da Ciência nacional nas diversas áreas do conhecimento.
Universidade Federal do Pará, UFPA, Belém, Pará
Acervo UFPA
Segundo Emmanuel Tourinho, a reunião anual é o maior encontro de pesquisadores para falar sobre o que estão produzindo e para debater a relação entre as pesquisas e os problemas do país.
“O evento serve para debater como a ciência brasileira pode contribuir para o enfrentamento dos nossos grandes desafios na questão climática, na conservação ambiental, na saúde pública, nas políticas educacionais e transição energética, por exemplo”, explica.
Quem pode participar?
O encontro é gratuito e aberto a todos: cientistas, pesquisadores, estudantes, professores, representantes de sociedades científicas, autoridades, profissionais liberais, bem como qualquer visitante, morador ou cidadão interessado nas atividades apresentadas.
Já confirmaram presença neste ano cinco ministros do Governo Federal: Luciana Santos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Nísia Trindade, do Ministério da Saúde; Marina Silva, do Meio Ambiente; Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento; e Camilo Santana, da Educação.
O encontro reunirá os mais importantes cientistas e representantes da sociedade para discutir mudanças climáticas e biomas brasileiros. O Nobel da Paz pelo trabalho em grupo no Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), Philip Martin Fearnside, está entre os nomes confirmados para a 76º reunião anual.
Maior evento científico da América Latina ocorre em Belém
O reitor da UFPA diz que para melhor recepcionar todos os participantes um longo trabalho tem sido feito há cerca de um ano. Emmanuel Tourinho afirma que 16 comissões de trabalho, com cerca de duas mil pessoas, foram criadas para organizar o evento.
“Nós estamos preparados para recepcionar a população. Haverá estrutura para atendimento na área da saúde e apoio à acessibilidade. Nós teremos monitores com identificação para dar apoio para qualquer pessoa que necessitar, além de salas de acomodação sensorial”.
Precisa se inscrever?
Como as reuniões anuais da SBPC são abertas a todos, com atrações para todas as idades e interesses, as inscrições são voltadas especificamente para quem quiser receber certificado de participação das atividades gerais ou participar dos minicursos.
Quem fizer a inscrição até o dia 12 de julho, por meio deste site, e efetuar o credenciamento, receberá um certificado online de participação geral.
Já para a participação nos minicursos as inscrições podem ser feitas por meio deste endereço aqui.
Qual a programação?
O evento traz na programação mais de 286 atividades presenciais e virtuais distribuídas em conferências, oficinas, painéis, mesas-redondas, minicursos, exposições, mostra de feiras e museus itinerantes.
Segundo o reitor, além da programação de debates científicos, que é aberta ao público, o evento reúne também um conjunto de atividades paralelas voltadas para a sociedade.
“A programação científica vai ocorrer em dezenas de auditórios e salas, mas além desses espaços há várias tendas que estão sendo instaladas na UFPA. Há tendas de 4 mil metros quadrados, são estruturas grandes que acomodarãomuitas outras atividades”, detalha.
Um dos espaços da SBPC, na UFPA.
Oswaldo Forte e Clarté, a serviço da Ascom UFPA.
Entre essas atividades paralelas estão os espaços: SBPC Jovem, SBPC Afro e Indígena, Infâncias Mairi na SBPC, SBPC Cultural, ExpoT&C e o Paneiro: Espaço da Cultura Alimentar.
O espaço “Infâncias Mairi na SBPC” é voltado para crianças da primeira infância, de 0 a 5 anos, e ofertará ao público quatro oficinas: Usina de pigmentos naturais, A transformação da argila, Brinquedos de Equilíbrios e Ventos e A química das bolhas de sabão.
Já a SBPC Jovem tem como objetivo trazer os alunos e professores do Ensino Básico para um contato dinâmico com os cientistas, a ciência e a prática científica.
Outra novidade é que os participantes poderão degustar a culinária paraense no “Paneiro: Espaço da Cultura Alimentar”. Na tenda será possível, além de provar a comida regional, conhecer um pouco da história e das tradições que estão por trás de alguns preparos.
No dia 13 de julho, sábado, ocorrerá mais uma edição do Dia da Família na Ciência. Os participantes terão a oportunidade de explorar atividades interativas de ciência e tecnologia, aprender sobre experiências científicas e ter suas questões respondidas por cientistas.
“O evento é um presente para a nossa comunidade e sociedade. Sinto esse momento como um presente que a universidade dá para toda a sociedade. Muitas crianças e muitos jovens vão despertar uma vocação para a ciência vivendo esse momento”, diz o reitor.
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