Centro de Financiamento Climático para o Sul Global é lançado em Belém


CFC-GS é uma instituição dedicada à pesquisa, análise e desenvolvimento de políticas públicas e estratégias sediado em Belém. Lançamento de Instituto de pesquisa reuniu especialistas no Hangar
Ascom
Centro de Financiamento Climático para o Sul Global (CFC-GS) foi lançado em Belém nesta terça-feira (9), no Hangar. O encontro objetiva apresentar a estrutura do CFC-GS e seu potencial para acelerar o desenvolvimento de habilidades, gerar empregos e criar um ecossistema de inovação para a transição verde, incluindo iniciativas de bioeconomia propostas pelo Brasil.
O CFC-GS é uma instituição dedicada à pesquisa, análise e desenvolvimento de políticas públicas e estratégias sediado em Belém com foco exclusivo em reduzir a lacuna de conhecimento entre política, finanças e resultados no Sul Global.
O evento contou com uma mesa redonda composta por Maria Netto, do Instituto Clima e Sociedade; Gilberto Perre, da Frente Nacional de Prefeitos; Marcos Athias Neto, Diretor do Hub de Finanças Sustentáveis do PNUD; Anit Mukherjee, da Foundation America; Claudio Puty, da Universidade Federal do Pará; Rogerio Studart, do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI); e Ivan Tiago Machado Oliveira, do Ministério da Fazenda. Na abertura, teremos a presença de Edmilson Rodrigues, prefeito de Belém, e Emmanuel Tourinho, Reitor da Universidade Federal do Pará.
“Belém sediará a COP 30 em 2025, marcando 10 anos desde o Acordo de Paris sobre o Clima. Os países irão relatar o progresso em relação às suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (INDCs), tornando isso um marco histórico nos esforços globais para combater as mudanças climáticas”, enfatiza o participante da mesa e professor da UFPA que coordenou o Comitê Municipal COP 30, Cláudio Puty.
O que é o CFC-GS?
O CFC-GS busca criar uma rede Sul-Sul de profissionais de políticas públicas, acadêmicos e praticantes para compartilhar conhecimento, construir coalizões e co-criar soluções para mobilizar e utilizar finanças climáticas em grande escala. Atualmente, tais iniciativas são mediadas por instituições do Norte Global – bancos multilaterais de desenvolvimento, agências bilaterais, organizações sem fins lucrativos, e investidores privados.
O Centro desafiará essas hierarquias, fornecerá uma plataforma pertencente ao Sul Global, atuará como um hub de conhecimento e coordenará ações para mobilizar e utilizar finanças climáticas de acordo com suas prioridades.
“Enquanto grande parte da atenção global tem se concentrado na preservação de florestas tropicais como a Amazônia para atuar como sumidouro de carbono para o mundo, cidades como Belém enfrentam pressão crescente para acelerar a transição para energia limpa diante de recursos orçamentários limitados, tornando o acesso a finanças climáticas uma questão premente”, completa Puty.
Diante disso, o CFC-GS tem o propósito de ser um legado duradouro para o evento de debate climático, mobilizando os países do Sul Global para um futuro previsível. Funções do CFC-GS O CFC-GS se concentrará em áreas principais: ambiente macroeconômico e finanças climáticas, incluindo políticas monetárias, fiscais, comerciais e de investimento; instrumentos de finanças climáticas, como financiamento por bancos multilaterais e regionais de desenvolvimento, créditos de carbono, finanças mistas e capital privado; finanças climáticas para cidades, abrangendo mobilização de recursos, prioridades de investimento, incentivos e subsídios; e monitoramento de finanças climáticas para a COP30.

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