Marvin RECINOS
O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual dos anglicanos, admitiu nesta terça-feira (22) que um de seus antepassados tinha escravizados em uma plantação na Jamaica.
O reconhecimento acontece depois de um pedido de desculpas pelos vínculos históricos da Igreja da Inglaterra com a escravidão, o que ele chamou de “fonte de vergonha”.
Welby, de 68 anos, disse em uma declaração pessoal em seu site que seu pai biológico, Anthony Montague Browne, “tinha uma conexão ancestral com a escravidão na Jamaica e em Tobago”.
“Seu tataravô era Sir James Fergusson, proprietário de escravos na Plantação Rozelle, em St Thomas, Jamaica”, acrescentou.
Fergusson, que morreu em 1838, foi o último coproprietário de escravos na plantação, e recebeu fundos de compensação quando a escravidão foi abolida na Jamaica.
Montague Browne, que foi secretário pessoal de Winston Churchill, morreu em 2013, três anos antes de Welby descobrir seu parentesco. Até então, acreditava que seu pai era Galvin Welby, que o criou.
O arcebipo, um ex-executivo do setor de petróleo, não teve relação alguma com seu pai biológico e nunca recebeu dinheiro dele quando vivo, nem de herança.