Primeiros filhotes saudáveis de tracajás foram soltos no Lago de Palmas. Pesquisa busca proteger espécie ameaçada. Pesquisa ajuda no desenvolvimento de espécie de quelônio em extinção no lago de Palmas
Pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) desenvolveram um projeto que ajuda a monitorar a reprodução dos tracajás. A espécie do tipo quelônio é ameaçada de extinção e se reproduz às margens de rios. A primeira leva de filhotes foi solta no Lago de Palmas.
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A espécie natural da bacia amazônica é ‘prima’ das tartarugas marinhas e dos jabutis. O monitoramento dos ninhos é feito na praia da UFT de Palmas e teve início em julho deste ano. Cada ninho é marcado placa de identificação e rede de proteção contra predadores.
“A gente percebeu que a taxa de predação dos ninhos foi muito alta. Essa predação é ocasionada principalmente por lagartos teiú e por gatos domésticos que residem aqui na universidade, principalmente porque as principais ameaças que incidem sobre essas espécies é a destruição do seu habitat natural. Estamos falando de um lago oriundo do Rio Tocantins que foi represado. Todo o ambiente foi modificado”, explica a estudante Ana Beatriz da Silva.
Após quatro meses do início dos estudos, os primeiros filhotes que nasceram saudáveis foram soltos e tiveram o primeiro contato com a água.
Estudante Ana Beatriz da Silva ajuda a soltar tracajás em Lago de Palmas
Reprodução/TV Anhanguera
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A pesquisa é acompanhada pelo professor Thiago Portelinha, doutor em ciências biológicas. Ele considera esse tipo de manejo crucial para a preservação das tracajás, uma espécie com o histórico de exploração excessiva e classificada como vulnerável e quase ameaçada de extinção.
“As margens do lago são áreas muito requisitadas pela população. Então acaba limitando muito as áreas reprodutivas das tracajás, que tem por característica utilizarem áreas de barranco próximas ao lago para pôr os seus ovos”, diz o professor.
Projeto da Universidade Federal do Tocantins monitora reprodução de tracajás
Reprodução/TV Anhanguera
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