Ave com anilha identificadora do Reino Unido é encontrada morta no litoral de SP


Animal encontrado morto em Peruíbe (SP) carregava uma anilha com a identificação do Reino Unido. Pardela-sombria foi encontrada morta, com anilha na perna, em Peruíbe (SP)
Sérgio Farrabrás
Uma pardela-sombria (Puffinus puffinus), com uma anilha na perna, foi encontrada morta em Peruíbe, no litoral de São Paulo. Ao g1, um biólogo explicou que o animal também é conhecido por ‘bobo-pequeno’ e ganhou a argola identificadora no Reino Unido.
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O aposentado Sérgio Farrabrás, de 60 anos, foi o responsável pelas imagens do animal registradas na Praia de Peruíbe. Com as fotos em mãos, ele contatou o biólogo e guia de observação de aves Fábio Barata, que tem experiência de 16 anos na área e identificou a espécie.
“Sempre que posso, ando pelas praias de Peruíbe ‘passarinhando’. Nessa época do ano aparecem aves migratórias no litoral do sudeste, então neste dia me deparei com a uma ave, já morta, que eu sabia ser migratória, só não sabia qual espécie era”, afirmou Sérgio.
Ao receber as imagens, registradas no dia 21 de outubro, Fábio notou a anilha. Ao g1, ele contou ter preenchido uma ficha com informações sobre a ave, em um site dedicado à identificação, e descoberto que ela foi “marcada” por um museu em Londres. Depois disso, tomou a iniciativa de procurar o local para mais detalhes.
“Percebi imediatamente a presença de uma anilha. Avisei a ele [Sérgio] e, em seguida, entrei em contato com o pessoal do [Instituto] Biopesca. Também contatei o órgão responsável pelo ‘anilhamento’ no Reino Unido, de quem ainda estamos aguardando informações”, explicou Fábio.
Sobre a espécie
Ave foi encontrada morta em Peruíbe (SP)
Sérgio Farrabrás
Anilha de monitoramento
Segundo Fábio, as anilhas são de grande importância para monitorar as rotas migratórias, longevidade, comportamento e outras informações sobre a ave. A identificação encontrada em Peruíbe indica que o animal, pelo menos, passou pelo Reino Unido.
Cada argola tem um um código único que identifica a ave individualmente para facilitar o rastreamento ao longo do tempo. O procedimento costuma ser feito por biólogos ou pesquisadores, em parceria com órgãos de conservação, para monitorar a vida selvagem.
“Graças à anilha, sabemos que essa ave foi marcada no Reino Unido; sem ela, jamais poderíamos descobrir onde nasceu ou quais locais frequenta durante sua migração”, afirmou o biólogo. “Em breve vão nos enviar os dados da ave, nome do pesquisador, que ano foi anilhada e qual foi o projeto”.
O g1 entrou em contato com o Instituto Biopesca, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
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