Justiça manda soltar advogada presa por suspeitas de envolvimento em rombo na Unimed em MT


Jaqueline é investigada por, supostamente, ter facilitado práticas ilícitas enquanto prestava serviços advocatícios a cooperativa de saúde. A Unimed informou que o atendimento na rede prestadora permanece disponível
Reprodução
A Justiça Federal aceitou um habeas corpus da defesa da advogada Jaqueline Larréa, alvo de uma operação que investiga um rombo de R$ 400 milhões na Unimed Cuiabá, e concedeu liberdade provisória a ela, nesta quarta-feira (30).
Jaqueline está sendo investigada por, supostamente, ter facilitado práticas ilícitas enquanto prestava serviços advocatícios a cooperativa de saúde. Ela foi presa na manhã desta quarta.
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Em nota, o escritório da advogada classificou a prisão como ilegal e abusiva. Além disso, garantiu que todas as medidas cabíveis serão tomadas, a fim de reconhecer o abuso de autoridade cometido.
A Unimed informou que o atendimento na rede prestadora permanece disponível, sem impacto aos clientes, cooperados e prestadores de serviços.
Veja abaixo quem são os réus alvos da operação:
Rubens Carlos de Oliveira Jr. – ex-presidente
Eroaldo Oliveira – ex-CEO
Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma – médica e ex-diretora administrativa financeira
Ana Paula Parizzotto – ex-superintendente administrativa financeira
Tatiana Bassan – contadora
Jaqueline Larréa – advogada
De acordo com a Polícia Federal, que deflagrou a operação, os investigados são acusados de sete crimes de falsidade ideológica. Além disso, segundo a denúncia, o grupo estava envolvido com crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, durante a gestão de 2019-2023.
Rubens Carlos de Oliveira Jr. e Eroaldo Oliveira, ex-presidente e ex-CEO da Unimed, respectivamente
Reprodução
Entenda o caso
Na manhã desta quarta, Rubens e Eroaldo, que foram presidente e CEO da Unimed Cuiabá, foram presos durante a Operação Bilanz, da PF. A operação apura um rombo de R$ 400 milhões na cooperativa de saúde, que atua em Mato Grosso e Minas Gerais.
A polícia também identificou indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Material encontrado durante a operação
Polícia Federal
Acordo
Em abril deste ano, foi firmado um acordo entre o Ministério Público Federal em Mato Grosso e a Unimed Cuiabá, que forneceu elementos para as investigações.
O acordo surgiu após investigações sobre possíveis obstáculos à fiscalização ANS, incluindo a apresentação de informações econômico-financeiras com graves irregularidades. Segundo o MPF, a Unimed Cuiabá reconheceu a participação em práticas irregulares e se comprometeu com as seguintes medidas:
Pagar multa de R$ 412,2 mil ao Fundo de Direitos Difusos e Coletivos
Implementar um programa de compliance de padrão internacional
Cooperar plenamente com as autoridades, incluindo investigações internas
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