Polícia Civil conclui Operação Maktub com indiciamento de prefeito e mais 17 pessoas em SC

Após três fases de atuação, a Polícia Civil de Santa Catarina anunciou a conclusão da Operação Maktub, que investigou fraudes licitatórias nos municípios de Forquilhinha e Praia Grande, no Sul catarinense. O prefeito reeleito do município, José Cláudio Gonçalves, foi indicado ao lado de mais 17 pessoas.

Operação Maktub foi deflagrada pela Polícia Civil em diferentes cidades de Santa Catarina – Foto: Divulgação/DEIC/ND
Na primeira fase da operação, realizada em fevereiro, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão. Além disso, quatro servidores foram afastados de seus cargos. A ação visava investigar fraudes em uma licitação de engenharia em Forquilhinha.
Em julho, a segunda fase concentrou-se em apurar crimes contra a administração municipal de Praia Grande. Durante essa etapa, uma pessoa foi presa e seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Dois servidores públicos, incluindo o prefeito Elisandro Pereira Machado (PP), foram afastados dos cargos.
A última fase da operação Maktub iniciou em outubro, focando novamente em Forquilhinha. Nesta etapa, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão preventiva e uma prisão em flagrante.
Outros quatro servidores permaneceram afastados dos cargos, inclusive o prefeito reeleito do município, José Cláudio Gonçalves, o Neguinho. A justiça determinou, ainda, o bloqueio de R$ 1,7 milhão.
Os inquéritos policiais das primeiras duas fases já haviam sido finalizados e remetidos ao Ministério Público e Poder Judiciário.
Conclusão da Operação Maktub
Conclusão da Operação Maktub, que iniciou em fevereiro, foi divulgada nesta segunda-feira (4) – Foto: Divulgação/DEIC/ND
Como resultado das investigações da terceira fase, a Polícia Civil identificou fraudes em cinco processos licitatórios distintos, além de irregularidades em dois termos aditivos. Oito servidores públicos, o prefeito e nove empresários e funcionários das empresas envolvidas foram indiciados.
A operação também revelou pagamento de propina, levando ao indiciamento do prefeito e de um secretário por corrupção passiva, enquanto um empresário foi indiciado por corrupção ativa.
Doze pessoas foram acusadas de formar uma organização criminosa voltada para o desvio de recursos públicos, incluindo o prefeito, agentes públicos e empresários.
A Polícia Civil pediu a continuidade da prisão de um empresário e dos afastamentos dos agentes públicos. O caso agora está com o Ministério Público de Santa Catarina e o Tribunal de Justiça, devido à prerrogativa de foro de prefeito municipal.

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