Aluno com paralisia cerebral dança com professora em festa junina de escola pública quilombola no Pará

A neuropsicopedagoga Juliane Moraes foi quem colocou em prática a dança, fazendo com que o aluno interagisse junto a ela durante apresentação escolar. Aluno com paralisia cerebral é incluído na dança de festa junina após professora perceber entusiasmo durante as aulas
Acervo Pessoal Juliane Moraes
Um aluno com paralisia cerebral da Escola Municipal de Educação Infantil Santa Rita V, localizada em uma comunidade quilombola no município de Acará, no interior do Pará, participou de forma ativa durante as festividades juninas, após a professora perceber seu entusiasmo durante os ensaios.
A neuropsicopedagoga Juliane Moraes é professora itinerante de escolas do campo no Baixo Acará e atualmente auxilia 16 alunos que possuem deficiências. Neste mês de junho, durante as festividades juninas, as escolas onde lesiona resolveram realizar atividades para os alunos, incluindo a todos.
Entre os alunos, Samuel Cardoso, de 12 anos, que está no 5º ano e tem paralisia cerebral, se mostrou animado durante os ensaios, chamando atenção da professora que resolveu envolver o aluno nas atividades. Juliane perguntou se ele queria dançar e ele sorriu e movimentou a cabeça indicando “sim”.
Criança com paralisia cerebral participa de festa junina no Pará
Nas cenas gravadas por um dos alunos é possível ver o cuidado da professora. Samuel aparece com o corpo atrelado à cintura de Juliane por uma faixa de pano. Ela segura seus braços e os dois dançam ao som da batida de carimbó. A professora conta que até a escolha da música foi proposital para a condição do aluno.
“Junto com outras professoras, buscamos alternativas para que ele pudesse participar das danças e foi onde surgiu a ideia do carimbó, o qual não requer muitos passos e que o favorecesse em sua condição de pouca locomoção. Ele participou na abertura do evento e na entrada com sua turma”, contou Juliane.
Durante a participação na dança, o pano que o segurava pela cintura veio a cair, mas não desanimou em nada a dupla que permaneceu se movimentando e entusiasmando o público que prestigiava o evento. A mãe do aluno estava na plateia e ficou super agradecida pela inclusão do filho nas atividades escolares.
Além da dança, Samuel já vem sendo incluído nas atividades da escola desde sua integração, sendo bastante participativo e interativo, mesmo diante das dificuldades de fala e motoras.
Paraense Samuel Cardoso que tem paralisia cerebral
Acervo Juliane Moraes
Segundo a professora, o trabalho das escolas é primordial para dar poder de autonomia, oferecer bem-estar aos educandos, bem como a orientação e estímulo da participação dos familiares dos mesmos.
“Não é a primeira vez, desde o início da minha atuação docente em 2015, que me deparo com crianças com necessidades especiais em classe. Portanto, na minha práxis educativa sempre valorizei a inclusão”, afirmou a professora.
Atualmente, Samuel necessita de um andador especial, pois utiliza uma cadeira de rodas que é cedida pela escola, mas somente nos horários de aula. A professora faz um apelo para que pessoas possam ajudar a oferecer um conforto maior e acessibilidade para realizar suas atividades.
Caso queira ajudar é só entrar em contato com a professora através das redes sociais.
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