Tartaruga morre após ser amarrada em curral de pesca em ilha do Pará

Animal estava com mais de 400 ovos, segundo projeto de preservação de animais marinhos que denunciou caso. Secretaria de Meio Ambiente reúne informações para repassar à polícia. Tartaruga foi amarrada em curral de pesca no nordeste do Pará
Projeto Suruana/Reprodução
Uma tartaruga foi amarrada e morreu em um curral de pesca em Maracanã, município no nordeste do Pará. O animal estaria com mais de 400 ovos. A suspeita é que ela tenha se afogado após ter as nadadeiras amarradas e não conseguir se mexer.
Até este sábado (6), a Secretaria municipal de Meio Ambiente estava reunindo informações sobre as circunstâncias da morte para repassar à Polícia Civil e não tinha informações sobre suspeitos. O caso ocorreu em Algodoal, vila conhecida na Ilha de Maiandeua pelas paisagens e tranquilidade.
O animal foi encontrado com as nadadeiras amarradas na noite de quinta-feira (4) em um curral de pesca, sistema usado no litoral paraense para captura de peixes aproveitando o movimento das marés. A suspeita é que a tartaruga tenha entrado sozinha na área de pesca antes de ser amarrada.
Agentes da Secretaria de Meio Ambiente de Maracanã tentaram salvar o animal até a madrugada de sexta (5), “mas não obtiveram sucesso no resgate e salvamento”, segundo o secretário municipal, Elton Júnior.
“Foi terrível para a equipe. Um sentimento de frustração. Nossa equipe ainda está na Ilha. Faremos o término dos procedimentos e repassar o relatório à Polícia Civil, que vai continuar com os procedimentos”, informou o secretário.
O projeto Suruanã, de recuperação e conservação de espécies e ambientes costeiros, marinhos e de água doce, denunciou o caso em uma rede social e cobrou ações das autoridades para “encontrar e punir os culpados”.
“Amarraram uma tartaruga que estava dentro do curral para que ela morresse, dentro dela estavam mais de 400 ovos. Esperamos que os órgãos competentes tomem algum posicionamento a respeito dessa situação, isso é um ato de crueldade”, detalha um trecho da postagem do projeto.
O g1 procurou as Polícias Civil e Militar para informações da investigação e sobre a ocorrência, assim como o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IOdeflor-Bio), mas não obteve retorno.
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