Estudantes paraenses conquistam medalhas de prata em Olimpíada de Matemática em Nova York


Gabriel Barbosa e Natália Trigueiro, de idades e escolas diferentes, têm a mesma paixão: a matemática. Jovens paraenses Gabriel Barbosa e Natália Trigueiro.
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Os paraenses Gabriel Barbosa e Natália Trigueiro conquistaram medalhas de prata na 4ª Olimpíada Copernicus de Matemática, que ocorreu nesta semana, em Nova York, nos Estados Unidos.
O evento é global e tem a competição dividida em cinco grupos, por escolaridade — que vai do terceiro ano do ensino fundamental (anos iniciais) até o terceiro ano do ensino médio. Dele, participaram 500 alunos de 130 países, organizados pela Copernicus Olympiad.
Natália, de 10 anos, é estudante do quinto ano do fundamental em Belém. Ela disputou a Categoria X, de habilidades específicas, na qual conquistou a medalha de prata. A prova foi realizada na última terça (11), e o resultado foi divulgado na noite da quarta (12).
Natália Trigueiro e a mãe, Fernanda Trigueiro.
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“Meu sentimento de ter conquistado a medalha foi de extrema felicidade, porque eu não imaginava que conseguiria um resultado tão bom, porque aquela prova é muito difícil e estava competindo com as melhores pessoas do mundo”, comenta Natália Trigueiro.
A escola de Natália confirmou que ela foi a única paraense ganhadora na categoria. “A conquista representa o melhor resultado para um brasileiro na divisão correspondente neste ano”, pontuou a instituição.
A jovem recebeu a medalha do pesquisador sênior e tecnólogo-líder do escritório de parcerias estratégicas da Nasa, Johnson Space Center, responsável por desenvolver estratégias para projetos conjuntos de pesquisa e tecnologia e planos com indústrias, universidades, outros centros e agências governamentais.
No mesmo dia (12), o paraense Gabriel Barbosa, de 16 anos, também conquistou uma medalha de prata, desta vez na categoria IV, que cobrava outras habilidades de matemática.
Gabriel Barbosa conta que não estava muito confiante e, quando o resultado saiu, foi um grande susto. “Simplesmente foi um choque imenso. Todos gritando e falando meu nome. Fiquei muito feliz, realmente”, afirma.
Gabriel Barbosa tem 16 anos e mora em Belém.
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“O interesse por olimpíadas surgiu desde o ano passado, quando tirou a primeira medalha na Olimpíada Canguru. A partir daí resolveu fazer tudo: olimpíada de química, história e informática. Mas a paixão dele é mesmo matemática”, contou a mãe, Alessandra Araújo.
Ela acompanha de perto a rotina do filho, que acorda cedo todos os dias para se deslocar de ônibus de Ananindeua a Belém, onde estuda, em uma escola particular com bolsa, no segundo ano do ensino médio.
“Ele dedica grande parte do dia a estudar matemática e ele diz que se alguém quer algo diferente dos demais, tem que fazer diferente”, completou.
Família de Gabriel Barbosa no aeroporto de Belém.
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Ao retornar para o Pará, Gabriel recebeu uma bela surpresa da família no aeroporto de Belém.
“Quando cheguei no Pará, peguei meu celular e estava a mensagem da minha mãe “estamos aqui”. Pensei que fosse só eles, mas quando chego, lá está metade da minha família, todos gritando meu nome”, diz emocionado.
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