Ministra da Igualdade Racial lança programa de fortalecimento para mulheres acadêmicas na ciência, em Belém

Personalidades da ciência também prestigiam o evento, incluindo Zélia Amador, Jaqueline Goes de Jesus, biomédica negra, conhecida por liderar o sequenciamento do genoma do coronavírus no Brasil. Ministra da Igualdade Racial lança em Belém programa de fortalecimento para mulheres acadêmicas na ciência
Ares Soares
Em um esforço inédito para impulsionar a participação e reconhecimento das mulheres cientistas negras, indígenas, quilombolas e ciganas, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, lança nesta quinta-feira (20) o programa “Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência”.
O programa tem como objetivo central fortalecer as trajetórias acadêmicas e científicas dessas mulheres, que historicamente enfrentaram obstáculos e barreiras em suas carreiras.
Através da Atlânticas, o governo federal busca reduzir as desigualdades de gênero e étnico-raciais na área científica, proporcionando oportunidades e reconhecimento para que possam desenvolver plenamente seu potencial e contribuir significativamente para o avanço da ciência no país.
O lançamento será realizado pela ministra Anielle Franco, responsável por liderar essa iniciativa inovadora, ao lado da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
Anielle Franco
Reprodução
O evento acorre a partir das 14h, na Universidade Federal do Pará, em Belém, junto a parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e o Ministério das Mulheres (MMulheres).
O diretor científico do CNPq, Olival Freire, também estará presente, afim de destacar a importância do programa para a promoção da igualdade de oportunidades na ciência.
Além disso, personalidades notáveis da ciência brasileira prestigiaram o evento, incluindo Zélia Amador de Deus, professora emérita da Universidade Federal do Pará (UFPA), cuja experiência e trajetória são um exemplo inspirador para as mulheres cientistas do país.
Jaqueline Goes de Jesus, biomédica negra, conhecida por liderar o sequenciamento do genoma do coronavírus no Brasil, trazendo o testemunho de sua própria jornada inspiradora.
Outra figura importante presente será Luena Nascimento, antropóloga e sobrinha de Beatriz Nascimento, a pesquisadora, historiadora, escritora e poeta que dá nome ao programa.
Sobre o Programa
Beatriz Nascimento foi uma importante intelectual brasileira, pioneira na abordagem sobre a identidade negra e a cultura africana no Brasil, e sua memória agora é honrada com essa iniciativa que busca ampliar as oportunidades para mulheres cientistas de grupos historicamente marginalizados.
Beatriz Nascimento
Reprodução/Ori
Ao criar o “Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência”, o governo federal sinaliza seu compromisso com a promoção da diversidade e inclusão no campo científico, reconhecendo que a contribuição dessas mulheres é fundamental para o desenvolvimento do país.
A iniciativa representa um passo significativo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde o talento e a dedicação dessas cientistas possam florescer e impactar positivamente a ciência e a sociedade como um todo.
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