Foram registrados 2.344 casos em 2021 e 12.988 em 2022. Anuário de Segurança aponta aumento de 451% do crime de estelionato virtual no Pará
Em um ano, os casos de estelionato virtual aumentaram mais de 400% no Pará, segundo o Anuário de Segurança Pública. Os dados deixaram o Pará entre os 5 estados com mais registros desse tipo de crime.
Uma loja de venda de materiais de construção foi alvo do golpe. A queixa do não recebimento da mercadoria que no primeiro dia do crime se limitou a poucas pessoas e atualmente já chega a mais de vinte.
“Chegou um cliente aqui em busca de cimento. Se eu tava com anúncio de cimento a 41 reais. No decorrer do tempo chegou mais outra vítima fazendo o mesmo pedido. Depois eu fui entender que tinha caído num golpe. Eles ofereciam cimento a 41 reais e a forma de pagamento teria que ser via PIX ou via bancária”, afirma o comerciante, João Jorge Marques.
Um falso anúncio na internet foi o suficiente para virar a vida do comerciante de cabeça para baixo. O pesadelo que ele vive há uma semana chama-se estelionato eletrônico.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, este tipo de crime cresceu 451% no estado de 2021 para 2022. Foram registrados 2.344 casos em 2021 e 12.988 em 2022.
“Um eletrônico ele vai criar especificamente uma oferta, uma notícia, que ele vai chamar muita atenção na vítima. E a vítima vai querer fazer aquilo de qualquer maneira, pra não perder aquela grande oportunidade que está sendo ofertada”, afirma Vanessa Lee, delegada titular da Diretoria De Crimes Cibernéticos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, no primeiro semestre deste ano, foram computados 15.861 casos de estelionato, por meio físico ou virtual no Pará.
“Primeira coisa é pensar, analisar, será que este produto, este serviço que está sendo oferecido é compatível com o que está acontecendo aqui no meio. Se você for vítima, é importante guardar todas as informações”, destaca Vanessa Lee.
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