
Gisele era carioca e, por anos, ela foi diretora do Hospital da Marinha de Brasília. Há um ano ela voltou para trabalhar no Hospital Naval Marcílio Dias Janela da Escola de Saúde da Marinha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, ficou com a marca do tiro que matou médica
Reprodução/ TV Globo
O filho da capitão de Mar e Guerra e médica da Marinha, Gisele Mendes de Souza e Mello, afirmou em entrevista ao programa Encontro na manhã desta terça-feira (17), afirmou que a mãe pensava em abrir uma casa para idosos.
“Ela ia tentar realizar o sonho dela, de ter uma casa geriátrica para cuidar de outros idosos”, contou Carlos Eduardo, o Cadu.
Gisele era carioca e, por anos, ela foi diretora do Hospital da Marinha de Brasília. Há um ano ela voltou à capital fluminense para trabalhar no Hospital Naval Marcílio Dias, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ela era geriatra.
A militar é a vítima 105 de balas perdidas na Região Metropolitana este ano. Ela morreu no dia do aniversário de um dos filhos.
“Esse ano vai ser um Natal diferente, estamos passando por isso juntos e é uma dureza”, disse.
Carlos Eduardo pede que os cuidados relacionados à segurança pública se estendam por todo o Rio de Janeiro e que as autoridades pensem em uma forma de combate à violência diferente da atual.
“Gostaria muito de ver uma perspectiva lá na frente, mas a gente não vê, de que essas coisas parem de ser, de que essa guerra que dura décadas em algum momento isso mude”, afirmou.
O jovem relata que trabalha no gabinete da vereadora Monica Cunha (PSOL-RJ), auxiliando familiares de vítimas da violência que a procuram e, agora, ele mesmo se tornou uma vítima.
“São pais e mães que perdem seus filhos de bala perdida por uma guerra que não faz o menor sentido”, disse Carlos Eduardo.
Esta reportagem está em atualização.