Conferência realizada em Belém pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) reuniu políticos, executivos, pesquisadores e sociedade civil para discutir como o setor pode contribuir para conter a crise climática. Tema foi tema de painel durante a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias
Lissa de Alexandria/ g1
Terminou, nesta sexta-feira (1º), em Belém, a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) no Pará. No encerramento, o ex-ministro da Defesa e ex-deputado federal Raul Jungmann, atual presidente do Ibram, anunciou que o evento não resultaria mais em um documento que estava inicialmente previsto, definindo metas para que o setor minerário contribua no combate às mudanças climáticas na Amazônia.
O evento reuniu políticos, pesquisadores, executivos do setor minerário e industrial, sociedade civil, incluindo personalidades de povos indígenas. Foram discutidos assuntos como financiamento de novos modelos de negócio na região amazônica, a exploração mais sustentável no setor minerário, a relação de empreendimentos com povos tradicionais, entre outros.
Raul Jungmann durante encerramento da Exposibram no Pará.
Divulgação
O presidente do Ibram também anunciou que, em 2024, o instituto deve promover mais uma edição da conferência. Além dele, também fizeram pronunciamentos o ex-presidente da Colômbia, Iván Duarte; o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes; o ministro das Cidades, Jader Filho; e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).
O chefe do Poder Executivo do Estado cobrou, em seu discurso, que o setor minerário apresente resultados na próxima edição da conferência. O local de realização não foi anunciado.
“É importante que, no próximo ano, um painel específico discuta que resultados o setor minerário está apresentando para a Amazônia”, afirmou Helder.
Conferência reuniu autoridades como o governador do Pará, Helder Barbalho, e o ministro das Cidades Jader Filho, em Belém.
Divulgação / Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias
Exposibram
A conferência ocorreu no Hangar Centro de Convenções da Amazônia paralelamente à Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (EXPOSIBRAM 2023), reunindo 22 mineradoras que atuam no Brasil. Segundo o balanço divulgado pela organização, o evento gerou expectativa de negócios no valor de R$ 1,5 bilhão.
A exposição contou com 1.707 congressistas, entre especialistas, pesquisadores, estudantes e representantes de empresas, e 150 painelistas distribuídos em 33 painéis. O evento recebeu nos quatro dias 21.650 pessoas, segundo a estimativa.
“O evento foi um sucesso, não apenas pelas estatísticas, mas, sobretudo, pelas interações entre os que participaram da feira internacional de negócios e do Congresso Brasileiro de Mineração”, afirma Raul Jungmann.
Conferência de mineradoras com sociedade civil no Pará termina sem definir metas para a Amazônia
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