Já imaginou se aproximar do Sol e ficar tão perto da estrela? Uma sonda solar Parker, da NASA, alcançou um marco histórico ao se aproximar a apenas 6,1 milhões de quilômetros da superfície da estrela. O feito aconteceu na terça-feira (24).
Sonda faz aproximação recorde e traz imagens excepcionais da ‘estrela incandescente’ – Foto: Steve Gribben/Nasa/ND
Conforme a agência espacial, o objetivo da missão era estudar a estrela, especialmente sua atmosfera externa, a coroa solar. A sonda precisou resistir a temperaturas de até 980°C, enquanto coletava dados cruciais.
Cientistas estão buscando entender por que a coroa, apesar de estar distante do núcleo da estrela, apresenta temperaturas muito mais altas (mais de 1,1 milhão de graus Celsius), em comparação com a superfície solar, que chega a cerca de 4.100°C.
Vale ressaltar que além de atingir a distância mais próxima já registrada, a sonda Parker também quebrou seu próprio recorde de velocidade, alcançando incríveis 692.000 km/h — 300 vezes mais rápido que um avião de combate moderno, como o Lockheed Martin F-35.
O sol — estudo da estrela
Conforme a Nasa, o estudo da coroa solar é apenas uma parte do trabalho da sonda Parker. A missão visa também entender como partículas são aceleradas no vento solar, a interação dos campos magnéticos com a coroa e as estruturas de plasma na atmosfera da estrela.
A missão visa também entender como partículas são aceleradas no vento solar, a interação dos campos magnéticos com a coroa e as estruturas de plasma na atmosfera – Foto: Canva/Divulgação/ND
Lançada em 2018, a sonda Parker foi projetada para resistir a condições extremas, incluindo temperaturas que ultrapassam os 1.370°C, graças ao seu escudo térmico. Esse avanço tecnológico redefine o possível na exploração espacial e abre portas para futuras missões que buscarão responder perguntas sobre o Sol e o universo.
A missão de Parker continuará com pelo menos mais dois sobrevoos programados para 2025.
Durante essas missões, a sonda continuará coletando dados que podem transformar nossa compreensão da estrela e de seus fenômenos, além de ampliar nossa capacidade de antecipar os efeitos da atividade solar na Terra.
Durante essas missões, a sonda continuará coletando dados – Foto: Canva/Divulgação/ND