Segundo meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), calor que a população tem sentido e buscado maneiras de se refrescar tem relação com o fenômeno El Nino. Moradores de Belém montam tobogã e mergulham em canal.
Um vídeo de jovens usando um escorregador e uma caixa-d’água para tomar banho em um canal no bairro de Fátima, em Belém, viralizou nesta semana. Além de divertir os participantes, a brincadeira serviu para refrescar as ondas de calor da cidade – confira no vídeo acima.
A ideia de colocar um escorregador apoiado em uma caixa-d’água, com queda-livre para o canal localizado na passagem Honorato Filgueira, foi de Leonardo Matheus.
Morador da região, o jovem contou que resolveu pegar o brinquedo de casa e levar para a beira do canal, a fim de animar os amigos e se divertir.
“Já fazemos isso há muitos anos. Nadamos no canal quando a maré está cheia, mas nesse dia resolvemos nos reinventar pra divertir a garotada. Colocamos uma caixa d’água pra criançada, a tirolesa e essa espécie de tobogã para os adultos”, explicou.
Moradores de Belém montam tobogã e mergulham em canal poluído
Reprodução/Redes Sociais
No vídeo, é possível acompanhar três moradores descendo pelo escorregador em direção ao canal. Um deles está até com um capacete na cabeça. Após caírem dentro da água, as crianças que estão dentro da caixa d’água entoam o grito”Honorato”, em referência à rua.
Nas redes sociais, muitas pessoas comentaram a situação afirmando que os canais, que cortam os bairros de Belém, sofrem com o despejo irregular de encanações de rejeitos e esgoto doméstico.
O g1 Pará entrou em contato com a Secretaria de Saneamento de Belém perguntando se há algum controle do nível de poluição dos canais ou tratamento por parte da prefeitura e aguarda o retorno do órgão.
Moradores do bairro de Fátima em Belém
Acervo Pessoal
Calor mais intenso
O calor que a população tem sentido e buscado maneiras de se refrescar tem relação com o fenômeno El Nino, que é o aquecimento anormal das águas do Pacífico Equatorial, explica o meteorologista José Raimundo Abreu, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)
“Quando esse fenômeno está ativo, há uma subsidência no Pará que reduz as chuvas e, consequentemente, passa mais radiação para a superfície. Está ocorrendo descida de ar seco, que causa inversão térmica nos níveis médio e alto”, afirma.
Segundo o meteorologista, por conta disso, a temperatura tem registrado medidas acima de 34 graus, chegando até 35,6, em Belém.
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