Gotinha era braço direito do líder do TCP (Terceiro Comando Puro), uma das principais facções criminosas do Rio de Janeiro – Foto: Reprodução/ND
Daniel Falcão dos Santos, mais conhecido como “Gotinha da Maré”, foi identificado como um dos mortos na operação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (13).
Segundo a polícia, ele era um dos seguranças mais próximos de Thiago da Silva Folly, o “TH da Maré”, chefe do tráfico de drogas na região, que também foi morto.
Operação do Bope matou TH da Maré e Gotinha
Conforme a investigação, Gotinha estava com TH no momento em que as equipes do Bope chegaram ao esconderijo. O segurança tentou resistir à abordagem e houve intensa troca de tiros, em que ele foi atingido e não resistiu. Durante o confronto, o líder criminoso e outro segurança também morreram.
Gotinha tinha um mandado de prisão em aberto pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele já era investigado pela DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), que apurava o papel dele no TCP (Terceiro Comando Puro), facção criminosa chefiada por TH.
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Segurança de TH da Maré tinha mandado de prisão aberto contra ele – Reprodução/ND
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TH estava escondido no Morro do Timbau – Divulgação/ND
A investigação aponta que Gotinha exercia uma função estratégica dentro do TCP, atuando como segurança pessoal de TH. Ainda, ele agia como intermediário para o cumprimento de ordens repassadas por integrantes da facção, como fazer o recolhimento de dinheiro dentro das favelas da Maré.
Tanto TH quanto Gotinha estavam no Morro do Timbau, local que utilizavam como esconderijo por conta da posição geográfica estratégica. O grupo era “caçado” desde as mortes do cabo do Exército Michel Augusto Mikami, assassinado em 2014, e do soldado da Força Nacional Hélio Messias Andrade, baleado em 2016 ao entrar por engano no Complexo da Maré.