‘Choquei Curitiba’: Vítima teve casa invadida após publicação em perfil falso que pedia dinheiro para deletar conteúdo


Dono do perfil foi preso por extorsão. Segundo investigações, suspeito publicava conteúdos ofensivos, mentirosos ou com informações íntimas das vítimas. Homem que divulgava informações pelas redes sociais e extorquia dinheiro de vítimas é preso
“Em alguns casos, ele postou, entrou em contato com a vítima, a vítima pagou e ele apagou. Depois de um tempo, ele postou novamente e, nas conversas que nos foram repassadas, ele informava: ‘O seu plano ac, você vai ter que renovar o plano para a gente não postar mais isso’. Uma espécie de assinatura para evitar a publicação”, detalha.
A empresária Brenda Beatriz teve que lidar com ameaças, agressões e prejuízos depois que o perfil falso “Choquei Curitiba” divulgou mentiras sobre ela nas redes sociais. Em uma das situações, ela chegou a ter a casa invadida.
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O dono do perfil, de 29 anos, foi preso, nesta quinta-feira (24). O nome dele não foi divulgado.
Segundo a polícia, ele usava o perfil no Instagram para publicar conteúdos ofensivos, mentirosos ou com informações íntimas das vítimas e exigia dinheiro para apagar as postagens ou para não divulgar novos ataques. Ao menos 60 pessoas foram vítimas do suspeito.
No caso de Brenda, a primeira publicação foi feita em agosto de 2024 e dizia que ela tinha envolvimento com homens comprometidos. Por conta disso, a casa dela foi invadida por pessoas que acreditaram nas postagens e queriam agredi-la.
“Eu tenho um filho que é autista. Como eu ia explicar para ele, se no momento da invasão da minha casa, ele estivesse lá dentro? Como eu ia explicar para o meu filho que aquilo que eles estavam falando a respeito da mãe dele não era verdade?”, afirma.
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Suspeito cobrava ‘renovação de assinatura’ para não divulgar informações falsas
Dono de perfil que espalhava fofocas no Instagram e pedia dinheiro para deletar conteúdo é preso em Curitiba
PC-PR
Segundo o delegado Thiago Lima, além de extorquir dinheiro das vítimas para apagar os conteúdos, o homem criou uma espécie de “assinatura” para não divulgar novas informações delas.
“Em alguns casos, ele postou, entrou em contato com a vítima, a vítima pagou e ele apagou. Depois de um tempo, ele postou novamente e, nas conversas que nos foram repassadas, ele informava: ‘O seu plano acabou, você vai ter que renovar o plano para a gente não postar mais isso’. Uma espécie de assinatura para evitar a publicação”, detalha.
Conforme explicou o delegado Thiago Lima, os pagamentos eram feitos via Pix, com valores e contas bancárias variadas. Para dificultar a identificação, o suspeito frequentemente apagava os perfis, evitando denúncias nas plataformas.
Imagens das conversas compartilhadas pela polícia mostram que o suspeito cobrou R$ 1 mil de uma vítima para apagar a postagem.
“Se você não pagar o Pix, não dá pra apagar”, escreveu.
‘Choquei Curitiba’: dono de perfil que espalhava fofocas no Instagram e pedia dinheiro para deletar conteúdo é preso
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Sem o comprovante de pagamento, o suspeito postava novamente as imagens ou textos que prejudicavam as vítimas. Além disso, também cobrava para expor as pessoas que enviavam as informações e fotos para a página.
“Vocês cobram quanto para falar quem é?”, perguntou uma das vítimas.
“R$ 500,00. Mando prints. A chave Pix expira em 5 minutos, vai fazer já? Que aí eu mando. Quer que apague?”, respondeu o suspeito.
Os valores, conforme mostrado nas conversas, variam de R$ 300 a R$ 1 mil.
A Polícia Civil continua investigando o caso e o suspeito foi encaminhado ao sistema penitenciário.
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