
Coração precisa ser transportado e transplantado em menos de 4 horas após a retirada do corpo do doador. Força-tarefa envolveu forças de segurança, servidores de fiscalização de trânsito, PRF e militares. Coração doado em Caxias do Sul é transportado para o Paraná
Brasileira
O coração de uma criança que morreu aos 8 anos em Caxias do Sul, na Serra do RS, foi doado para outra criança, de 11 anos, em Curitiba (PR). Para que o órgão chegasse a tempo da cirurgia, uma força-tarefa foi criada entre os dois estados.
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A operação envolveu forças de segurança, fiscais de trânsito, Polícia Rodoviária Federal e militares do Exército Brasileiro, que transportaram o coração em um avião da Força Aérea Brasiliera até a capital paranaense.
O doador morreu na terça-feira (22), e a família optou pela doação de órgãos. O coração era compatível com a criança paranaense, que estava na fila de espera. O órgão saiu do Hospital Geral de Caxias do Sul e foi escoltado até o aeroporto da cidade, para que o trajeto acontecesse sem interrupções.
A força-tarefa foi necessária porque o coração precisa ser transportado e transplantado em menos de quatro horas após a retirada do corpo do doador. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e psicólogos compõem a equipe responsável pelo procedimento, que é complexo.
Depois de 3 horas e 20 minutos, o coração já batia no peito do paciente em Curitiba. Além do coração, o menino de Caxias do Sul doou também rins, fígado e córneas.
“Nada é imposto. É uma decisão da família, um convite para essa medida tão bonita, apesar da dor”, explica a médica intensivista pediátrica Nádia Navarro, responsável pela UTI pediátrica do Hospital Geral de Caxias do Sul.
Coração foi transportado por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) de Caxias do Sul a Curitiba
Reprodução/RBS TV
Doação de órgãos no RS
No RS, 18 pessoas aguardam um coração, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. A maior lista de espera é por um transplante de rim, com 1.504 pacientes.
Em 2024, foram feitos cerca de 1,6 mil transplantes de órgãos no RS. Já o número de doadores diminuiu: no ano passado, foram 194, enquanto em 2023 foram 285.
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