Greve de ônibus paralisou 89 linhas em Florianópolis na manhã de quinta-feira (12) – Foto: Germano Rorato/ND
Após a quinta-feira (12) marcada pelos transtornos no transporte público da Grande Florianópolis, a sexta-feira (13) amanheceu sem paralisações da greve de ônibus. Ainda assim, o serviço pode ser interrompido ao longo do dia.
Ao ND Mais, o Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis) afirmou que a mobilização acontece por tempo indeterminado.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial, aumento no número de cobradores nos ônibus, melhorias nas condições de trabalho e no plano de saúde.
O Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano da Grande Florianópolis) ofereceu reajuste de 8% nos salários, 12,5% no vale-alimentação e 77% na gratificação por dirigir e cobrar, mas ainda não houve acordo com a categoria.
A greve de ônibus pode afetar sete municípios: Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara.
Greve de ônibus pega passageiros de surpresa em Florianópolis
A greve de ônibus paralisou 89 linhas em Florianópolis na manhã de quinta-feira. Sem aviso, o movimento fechou a plataforma A do Ticen e interrompeu a operação das empresas Transol e Canasvieiras.
A paralisação durou mais de cinco horas, deixando passageiros “presos” no Ticen, no Centro de Florianópolis. Muitos recorreram ao transporte por aplicativo para chegar ao trabalho.
A situação frustrou os cidadãos, já que o dirigente do Sintraturb, Ricardo Freitas, havia dito na noite de quarta-feira (11) que o transporte funcionaria normalmente na manhã seguinte.
“Eu apoio a greve, sei que os direitos deles têm que ser reivindicados, mas podiam pelo menos ter avisado, né? Que daí a gente se organiza, não fica aqui sem saber o que fazer”, lamentou Vitória Casagrande à NDTV RECORD.
Deonísio Linder, responsável pela comunicação Sintraturb, anunciou que o sindicato apresentará uma nota pública à sociedade nesta sexta-feira, mostrando a “realidade dos números”.
“A paralisação é parcial para chamar a atenção dos prefeitos da Grande Florianópolis, mostrando que dá sim para aumentar as condições de salário, ticket e de trabalho da categoria”, explica.
“Nós estamos há seis anos sem paralisação e estamos há seis anos sem aumento real. O aumento real proposto agora é de menos de 1%. Na pandemia tivemos diminuição de ticket alimentação, falaram que não teria demissão e tivemos demissão, então vamos mostrar a realidade dos números para a sociedade”, disse ao ND Mais.
Prefeitura de Florianópolis oferece transporte alternativo durante a greve de ônibus
Em resposta à paralisação, a Prefeitura de Florianópolis autorizou o uso de transportes alternativos, como vans privadas. O trajeto curto custa R$ 15 e o longo R$ 20, em três pontos de embarque:
Continente: Av. Paulo Fontes no recuo ao lado do Terminal Rita Maria
Norte e Leste da Ilha: Av. Paulo Fontes no sentido oposto do Terminal Rita Maria, onde havia a passarela que foi removida
Sul da Ilha: em frente ao largo da Alfândega
A GMF (Guarda Municipal de Florianópolis) segue acompanhando a movimentação do transporte coletivo e orientando o trânsito na capital.