Os vombates são marsupiais conhecidos por serem “rechonchudos” e guardarem um segredo que intriga diversos especialistas pelo mundo: o cocô em forma de cubinhos. Com direito a data de homenagem celebrada em 22 de outubro, esses animais são símbolos de preservação.
Os vombates possuem diversas curiosidades guardadas – Foto: Internet/Reprodução/ND
Esses animais podem pesar 40 kg e chegam a medir mais de um metro de comprimento. Apesar de gordinhos, eles conseguem alcançar velocidades impressionantes de até 40 km/h.
Sendo marsupiais, as fêmeas desses animais apresentam bolsas junto ao corpo, parecidas com as de seus primos cangurus, nas quais bebês são carregados e protegidos.
Vida noturna e subterrânea dos vombates
Considerados os maiores escavadores mamíferos do mundo, esses animais passam a maior parte do tempo embaixo da terra, em buracos que eles mesmos cavam. Eles são capazes de criar uma rede de túneis subterrâneos com diversas ligações entre si que abrigam diversas famílias.
Os vombates possuem hábitos noturnos já que dormem por até 16 horas por dia. Esse sono é devido ao metabolismo lento característico dessa espécie.
Esses animais possuem comportamentos noturnos – Foto: Internet/Reprodução/ND
Cocô em forma de cubinhos
O formato das fezes desse animal despertou muito interesse e debate no meio científico. Segundo o portal National Geographic, a pesquisa atual sobre as particularidades das fezes do vombate ainda era insuficiente. Na maioria, o que deixa os cientistas “às cegas” sobre o fenômeno.
Mike Swinbourne, especialista em vombates da Universidade de Adelaide, na Austrália, comentou sobre as teorias existes a respeito do formato das fezes desses animais.
A premissa popular é que os vombates criam cubos para poderem empilhá-los e marcar território, sem que os pedaços se afastem. Porém, Mike comenta que isso é uma concepção errônea.
Os vombates realmente usam seus excrementos para marcar território, porém, “não como se eles estivessem tentando construir pequenas pirâmides de tijolos”, comenta o especialista.
Esses animais possuem o cocô em formato cúbico – Foto: Internet/Reprodução/ND
Em vez disso, Mike diz que a forma cúbica é provavelmente mais relacionada aos ambientes secos onde a maioria dos vombates vive, já que precisam “realmente espremer cada gota de umidade de sua comida”. De acordo com o especialista, nos zoológicos, onde eles têm acesso mais rápido à hidratação, o formato dos excrementos é menos cúbico.
O intestino talvez seja a resposta
Patricia Yang, pesquisadora do Instituto de Tecnologia da Geórgia, especializada em fluidos corporais, começou a examinar o assunto mais de perto depois de ouvir sobre o tema em uma conferência. Ela e os demais pesquisadores conseguiram, após alguns meses, ter acesso às vísceras de um exemplar para o estudo.
Após algum tempo de análise, Yang percebeu que à medida que a comida é digerida, se move através do intestino e a pressão do órgã ajuda a esculpir as fezes, o que significa que o formato do intestino afeta a forma das fezes.
Assim, Yang e sua equipe expandiram os intestinos do vombate e do porco com um balão para medir e comparar suas elasticidades. O intestino de porco tinha uma elasticidade relativamente uniforme, o que explicaria o cocô mais redondo do animal. Já os intestinos de vombate, tinham uma forma muito mais irregular.
Yang observou dois sulcos semelhantes a ravinas, onde o intestino é mais elástico, o que ela acredita que ajuda a transformar as fezes de vombate em cubos.