Este é o arrependimento mais comum entre as mulheres no fim da vida, segundo Harvard

Imagine uma pesquisa que acompanha a saúde e percepção de emoções de voluntários ao longo de décadas para tentar entender o que faz com que as pessoas tenham uma vida mais significativa e realizada? Ela existe e se chama “Harvard Study of Adult Development”, um dos estudos mais longos sobre o bem-estar humano, que começou em 1938 e continua em andamento.
Mulheres no fim da vida têm maior tendência de se arrependerem de não priorizarem os próprios desejos – Foto: Reprodução/Adobe Stock/ND
Segundo Robert Waldinger, atual diretor do estudo, foi possível perceber ao longo dos anos que as mulheres no fim da vida tinham maior tendência de se arrependerem, principalmente, de passar muito tempo se preocupando com opiniões alheias em vez de viverem autenticamente.
Ao priorizar as percepções externas sobre os seus verdadeiros desejos e necessidades, elas podem acabar suprimindo as próprias ambições, desejos e paixões genuínas.

O estudo de Harvard enfatiza ainda a importância de viver as próprias vontades e de cultivar relacionamentos profundos e genuínos para uma vida satisfatória.
A pesquisa estudou vários aspectos além das percepções das mulheres no fim da vida
A pesquisa começou acompanhando dois grupos principais. O primeiro com 268 estudantes da Universidade de Harvard, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy.
Relacionamentos genuínos fazem bem para a saúde – Foto: Germano Rorato/ND
O segundo tinha 456 rapazes de famílias de baixa renda e vulnerabilidade social em Boston. Com o tempo, ele também se ampliou para incluir os cônjuges e descendentes desses participantes.
A liderança do estudo foi mudando ao longo dos anos e atualmente, ele é comandado pelo psiquiatra Robert Waldinger, da Harvard Medical School.
A descoberta mais importante do estudo é que a qualidade das relações interpessoais, como família e amigos, é o fator que mais contribui para a felicidade e saúde ao longo da vida, e não o dinheiro, fama, ou conquistas profissionais.
Mulheres no fim da vida se arrependem de passarem muito tempo se preocupando com opiniões alheias – Foto: Reprodução/ND
Embora o estudo tenha mostrado que uma boa condição de vida financeira pode proporcionar uma maior satisfação de vida, ela não é determinante para o bem-estar a longo prazo, especialmente se não estiver acompanhada de relações pessoais positivas.
Da mesma maneira, a pesquisa mostrou que a solidão é prejudicial à saúde. Ou seja, pessoas que vivem isoladas ou em relações conflituosas tendem a ter um declínio mais rápido na saúde física e mental, e são mais propensas a doenças crônicas.
O “Harvard Study of Adult Development“ continua em andamento, incluindo parentes dos participantes originais. Ao longo dos anos, os cientistas coletam uma vasta quantidade de dados sobre a saúde física, mental e emocional dos participantes, incluindo questionários, entrevistas, exames médicos e análises de amostras de sangue.

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