Miguel dos Santos Gonçalves, de 24 anos, foi preso pela Polícia Civil na quarta-feira (16) por suspeita de assassinar Gerlande Silva de Sena, de 43 anos, com golpes de machado e um tiro de espingarda na cabeça. Ele também é acusado de ocultar o cadáver. O caso aconteceu no Amazonas.
Segundo o delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros, o crime ocorreu em dezembro de 2023. Na última semana, Miguel confessou ter matado o colega de trabalho e enterrado o corpo em uma área de difícil acesso.
Ele decidiu se entregar porque, segundo ele, a culpa o perseguia e ele já não aguentava guardar segredo sobre o crime.
“O suspeito conduziu a equipe policial ao local exato onde havia enterrado o corpo. O trabalho foi bastante complexo devido à localização. As diligências começaram ao meio-dia e se estenderam até às 20h, quando a perícia chegou ao local. A ossada foi encontrada e agora passa por exames de DNA. Acreditamos que, com base nas informações fornecidas por ele, se trate da vítima”, afirmou o delegado.
O caso
De acordo com a polícia, eles eram caseiros em um sítio próximo ao ramal do Pau Rosa, na rodovia federal BR-174. No dia do crime, os dois tiveram um desentendimento e consumiram “uma quantidade excessiva de bebida alcoólica”. No depoimento, Miguel disse que Gerlande atirou contra ele com uma espingarda. Para se proteger, Miguel teria corrido para a mata.
“No entanto, Miguel resolveu se vingar e planejou a morte de Gerlande. Ele aguardou o momento em que a vítima foi dormir e golpeou-o com um machado na cabeça até deixá-lo desacordado. Em seguida, pegou a espingarda e disparou também contra a cabeça da vítima”, detalhou o delegado.
Ocultação de cadáver
Após o assassinato, o suspeito levou o corpo de Gerlande para uma região de mata de difícil acesso e para ocultar o cadáver. Miguel chegou a fazer uma plantação de macaxeira no local onde enterrou o homem.
A polícia disse que os familiares de Gerlande não deram conta do desaparecimento dele, por acharem que ele estava em alguma das regiões rurais onde trabalhava.
Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Participe do nosso canal no WhatsApp e da nossa comunidade no Facebook.