Fotossíntese perde força com temperaturas acima 30°C e planta “sofre”


Com calor intenso, fisiologia da planta tem perdas e cai produtividade. Fotossíntese perde efetividade com temperatura acima do 30°C
Aline Oliveira/Vereda Comunica
O processo da fotossíntese perde força quando as temperaturas ultrapassam os 30°C, ficando ainda mais comprometidas quando passa de 40°C, afetando diretamente a saúde e produtividade das plantas. Por isso os produtores da fruticultura do Vale do São Francisco andam preocupados com o calor que tem sido registrado em Petrolina, por exemplo, onde na primeira quinzena do mês de outubro as temperaturas chegaram a 38°C, de acordo com o AccuWheather.
Como estratégia para ajudar as plantas a enfrentarem o clima adverso com um desempenho melhor, o produto apontado pela equipe da Seiva do Vale como mais eficiente são os biofilmes produzidos pela empresa portuguesa Tecniferti, com cinco possibilidades do Humigel, que aliam proteção contra o calor e radiação ultravioleta com nutrição.
Com o uso do biofilme, observa-se uma redução de temperatura nas folhas da planta, o que indica um ambiente local favorável à realização da fotossíntese de forma adequada. Experiências demonstram bom resultado inclusive em campos onde o plantio foi feito de forma a não permitir uma correta ventilação nos corredores, por exemplo. Mesmo nas áreas menos ventiladas, a temperatura na folha da planta tratada com Humigel permaneceu adequada às suas necessidades.
Processo vital para planta
A fotossíntese é o processo metabólico da planta, em que a luz do sol é transformada em energia e quando há fixação do carbono proveniente da atmosfera. Ela é fundamental para todo o funcionamento da planta, com a produção de compostos orgânicos e criação das condições necessárias para o metabolismo celular. Todo esse processo precisa acontecer de forma fluida para garantir que todo o ciclo produtivo da planta aconteça adequadamente. Sem fotossíntese, a planta sofre. Se ela é prejudicada pelas altas temperaturas, uma série de problemas começa a acontecer.
Estratégias de sobrevivência
As plantas que vivem em ambientes de altas temperaturas desenvolveram estratégias próprias para sobreviver. Muitas têm ciclos de vida mais curtos, chegando à reprodução antes das condições ficarem extremas, enquanto outras desenvolvem raízes mais profundas, que a tornam aptas a captar mais água. Elas também podem ter folhas reduzidas ou transformadas em espinhos ou criar poros nas folhas que se fecham nas horas mais quentes, ambas para reduzir a perda de umidade.
Outras estratégias ainda mais elaboradas são acumular açúcares e ácidos que ajudam a regular a pressão osmótica e a proteger as células do estresse por falta de água e alteração dos próprios processos metabólicos. E ainda há as que aumentam a produção de pigmentos para se proteger da radiação UV e ajudar a dissipar o calor.
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