Exposição pode ser vista nos espelhos d’água do Tribunal de Contas do Estado, em Belém. Exposição das canoas de promesseiros enche de cores os espelhos d´água do TCE em Belém
Este ano, a exposição pública do Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE), em Belém, conta com um toque especial. A pintura dos barcos produzidos com miriti – árvore típica da Amazônia – foi feita por crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). É a 13ª edição da ação que homenageia o Círio de Nossa Senhora de Nazaré.
A exposição fica nos espelhos d’água do Tribunal e pode ser vista por quem passa pela Travessa Quintino Bocaiúva, que atravessa a Avenida Nazaré – onde passam as principais procissões do período do Círio -.
Os barcos fazem referência ao Círio Fluvial, uma das 14 romarias do período festivo e traz o tema “Canoas de promesseiros, a inclusão embarca aqui”.
“Desta vez focamos no aspecto inclusivo cultural e também social. Pensamos em trazer crianças para nos ajudar na produção de alguns dos barcos e optamos pelas crianças com TEA, diz a presidente do TCE, Rosa Egídia Crispino.
Dos 200 barquinhos expostos, 60 foram pintados por crianças durante a Manhã dos Eleitos, momento no qual as crianças pintaram os artigos de miriti e realizaram outras atividades. A ação é resultado da parceria do Tribunal com a Diretoria da Festa de Nazaré.
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DFN
“Muito feliz, porque é a minha primeira vez pintando um barco. Pensei em fazer um barco listrado, uma bandeira do Pará, e está bem colorido”, disse o estudante Miguel Veiga, uma das crianças pintoras e que foi conferir de perto a exposição de sua obra.
A mãe de Miguel, Luciane Veiga, está orgulhosa de ver uma arte do filho exposta ao pública e com uma temática especial.
“Ele é artista plástico, desenha, faz caricaturas, dança, mas é a primeira vez que participa desse tipo de exposição, em clima de Círio”, conta.
Os barcos de miriti são de Abaetetuba, município paraense famoso pela confecção de artigos com a árvore.
À noite, a exposição fica ainda mais reluzente. A tinta usada na pintura é fluorescente e faz com que as peças brilhem.
Exposição Canoas de 2020
Divulgação/ TCE
“Quando você encontrar a arte presencialmente você encontra vida, você pode perceber que cada barquinho transmite uma ideia, algo que foi pensado, e neste ano, há algo mais especial ainda porque a gente está contando com a participação das crianças autistas”, relata a veterinária Luciana Cherr, que admirou a exposição.
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