Médicos paralisam atividades na UPA da Marambaia, em Belém, em protesto contra atrasos salariais

Categoria afirma que atrasos chegam a três meses. Pacientes com casos leves foram orientados a buscar atendimento em outras unidades de saúde. Médicos suspendem atendimento na UPA da Marambaia devido falta de pagamentos
Médicos da Unidade de Pronto Atendimento da Marambaia, em Belém, paralisaram atividades nesta sexta-feira (20) reivindicando pagamentos de salários atrasados. Segundo a categoria, os atrasos chegam a três meses. Os profissionais são terceirizados contratados pela empresa InSaúde. O g1 procurou a empresa, com sede em São Paulo, mas não obteve respostas.
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Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) disse que o local está atendendo apenas casos moderados e graves e que “está em processo de regularização dos repasses financeiros para a empresa InSaúde”.
A Sesma orientou que, com a paralisação, a população se dirija aos demais serviços da rede pública do município como as UPAs do Jurunas, Sacramenta, Terra Firme e Icoaraci, além dos Hospital Pronto Socorro Mário Pinotti e do Guamá.
Os serviços foram paralisados durante a madrugada. Dezenas de pacientes buscaram atendimento e mal chegavam já eram informados sobre a paralisação, recebendo orientação para buscar atendimento em outras unidades de saúde.
No local há pessoas internadas. Funcionários informaram que as que estão internadas continuam recebendo suporte.
A UPA da Marambaia costuma ser movimentada e atende moradores de outros bairros. A equipe da TV Liberal encontrou no local uma mãe com uma criança que havia sido mordida por um cachorro. As duas foram orientadas a buscar atendimento em outro local.
A dona de casa Eneide Pereira procurou a UPA pela manhã. Ela estava com o marido que vive com problemas cardíacos, e se sentiu mal, mas ao chegar tiveram a surpresa do atendimento suspenso. A mesma situação ocorreu com outros pacientes que chegaram ao local nesta sexta-feira.
A situação dos médicos de UPAs da capital paraense já tinha sido comunicada ao Sindicato dos Médicos (Sindmepa) pela categoria. O sindicato disse que “atualmente um dos maiores problemas é a pejotização do trabalho médico, onde os profissionais são obrigados a terceirizar sua mão de obra, perdendo direitos trabalhistas e sujeitos a calotes, seja por parte das Organizações Sociais, empresas privadas e do próprio poder público”.
A Sesma havia informado na quarta-feira (18) que faria repasses para a empresa InSaúde até esta sexta-feira.
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