Acusado de matar lutador de UFC Rodrigo ‘Monstro’ é julgado nesta terça, em Belém; relembre o caso

Crime ocorreu em 2019, quando o acusado, motorista de aplicativo na época, atropelou Rodrigo na capital paraense. Rodrigo Monstro
Reprodução / Redes sociais
Ocorre nesta terça-feira (31) o julgamento de Jefferson Roger Maciel Barata, acusado de matar o lutador de UFC Rodrigo ‘Monstro’, de 29 anos, em Belém, no ano de 2019.
Jefferson é julgado pelo júri por homicídio qualificado contra o lutador e tentativa de homíicídio contra Lorena Trindade Passos, que estava com ele na ocasião. A audiência é na sala do Júri do Fórum Criminal de Belém, conforme a assessoria do Tribunal de Justiça informou.
Na época, Jefferson era motorista de aplicativo e atropelou Rodrigo após uma discussão que iniciou, segundo depoimentos, dentro do carro em que estavam, juntos a mais quatro mulheres.
O crime ocorreu em 21 de abril de 2019, e o condutor foi preso cinco dias depois, em 25 de abril. Ele disse que estava escondido na casa de familiares em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.
Relembre o caso
O motorista levava cinco passageiros no veículo — o ex-lutador e quatro mulheres, que estavam no banco traseiro.
Segundo a lutadora Paula Bittencourt, uma das pessoas no veículo, a discussão com Jefferson começou depois de um desentendimento entre o condutor e uma das ocupantes.
Ocupante do carro que atropelou ex-lutador explica o que ocorreu antes do crime
“A gente estava no carro e uma amiga começou a falar um pouco alto e pediu para o motorista colocar o som. Na mesma hora, ele gritou com a gente: ‘Para de gritar na minha cabeça!'”, explicou a mulher.
Segundo ela, nesse momento, o lutador foi argumentar com o motorista, que obrigou os ocupantes a saírem do veículo em uma área considerada, na época, “vermelha” pelo índice de insegurança urbana.
“O motorista fez a gente descer no meio da ponte do Galo, em um lugar escuro”, disse. Ela ainda revelou que Rodrigo tentou atacar o motorista com socos, mas nenhum dos golpes atingiu o homem.
Paula explicou ainda que ela, Rodrigo, e outras duas pessoas que estavam no carro andaram em direção a um posto de combustíveis. Foi quando o carro voltou na contramão e atingiu o grupo.
O ex-lutador foi atropelado e morreu na hora. Em depoimento, o motorista disse à polícia que queria apenas “dar um susto”.
Imagens divulgadas pela Polícia mostram o momento do atropelamento — veja abaixo. O teto do carro ficou amassado depois da batida.
Vídeo mostra momento em que motorista de aplicativo atropela lutador no Pará
À imprensa, o advogado de Jefferson Roger Maciel Barata apresentou em 2019 uma nova versão que contradiz o que as testemunhas e ocupantes do veículos disseram para a polícia. De acordo com o advogado, Jefferson foi agredido pela vítima e não tinha intenção de matar ninguém. “Era assustar e acabou no evento morte”, pontuou.
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