Petróleo ‘não é o negócio do Pará’, diz Helder Barbalho sobre exploração na foz do rio Amazonas

Governador enfatizou que a escolha e a vocação do Pará são a pecuária e a agricultura, além dos setores minerais, e disse que o ‘narcogarimpo’ é um dos principais desafios na região. Governador do Pará, Helder Barbalho
Reprodução / TV Liberal
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou que o petróleo “não é o negócio” do estado ao ser questionado sobre a possível exploração da matéria-prima na Amazônia, durante entrevista a Roberto D’ávila no Globo News no final desta terça-feira (7).
Helder enfatizou que a escolha e a vocação do Pará são a pecuária e a agricultura, além dos setores minerais.
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Globo News – programa de Roberto D’ávila entrevista Helder Barbalho nesta terça-feira (7).
“Nós somos um estado importante em mineração, agregando floresta e bioeconomia. Esta é a nossa grande oportunidade […]. Temos que nos apresentar como um estado que um dia foi um problema pro Brasil e que agora se apresenta como uma solução”, pontuou em referência a realização da COP-30 no Pará.
Sobre a possível exploração do petróleo na bacia da foz do rio Amazonas, defendida pelo Ministério de Minas e Energia (MME), mas que teve o pedido de licença feito pela Petrobras negado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o gestor disse que é decisão do estado brasileiro.
“Se não for abertamente correto, vira-se a página e nem se discute, porque nós não vamos admitir qualquer iniciativa, mesmo de pesquisa, que esteja incompatível com a gestão ambiental. Acima de tudo, petróleo não é a agenda da Amazônia. A agenda da Amazônia é floresta”, declarou.
Segundo ele, a Petrobras deve ser uma empresa com capital público, importante apoiadora para financiar a floresta viva na região, além de auxiliar diretamente na transição energética para combustíveis de fontes limpas.
Desafio: ‘narcogarimpo’
Durante a entrevista, Helder ainda destacou o ‘narcogarimpo’ — atividade garimpeira ilegal — como um dos grandes desafios do Pará.
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“Por conta das nossas fronteiras com o Amazonas e os demais estados que compõe a Amazônia Legal, além das fronteiras internacionais […],se faz necessário uma estratégia de segurança pública que é diferente da estratégia da área urbana”
De acordo com o governador, a Força Nacional, o Exército brasileiro e a Marinha, devem ser mobilizados com os órgãos de segurança pública subnacionais para que ocorra a repreensão do ‘narcogarimpo’ na região.
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