Morte de jovem influencer após passeio de lancha completa 2 anos à espera de julgamento no Pará

Corpo da estudante de medicina veterinária Yasmin Macêdo desapareceu na noite de 12 de dezembro de 2021 em Belém. Após o crime, a Divisão de Homicídios ouviu mais de 50 depoimentos de pessoas ligadas ao passeio. Yasmin Macêdo, de 21 anos, morreu durante passeio de lancha.
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Após dois anos da morte da jovem influencer Yasmin Macêdo durante um passeio de barco em Belém, a família pede agilidade no caso. Para o Ministério Público do Estado, o julgamento deve ir a júri popular em 2024.
O corpo da estudante de medicina veterinária desapareceu na noite de 12 de dezembro de 2021 e foi encontrado na tarde do dia seguinte, no rio Maguari, a 11 metros de profundidade.
“Um passeio cheio de irregularidades, sem colete salva-vidas, arma de fogo a bordo. O piloto ingerindo bebidas alcoólicas, sem permissão para pilotar a lancha. Capacidade acima da permitida”, lembra Eliene Fontes, mãe de Yasmin.
Lucas Magalhães, piloto e dono da lancha em que Yasmin estava, foi preso em novembro de 2022. Ele ficou no Complexo Prisional de Santa Isabel do Pará até março de 2023. Depois, conseguiu o direito de aguardar o processo em liberdade.
Morte de Yasmin Macêdo completa 2 anos e ainda não tem data para julgamento
O acusado responde pelos crimes de: homicídio por dolo eventual, quando assume o risco da morte; fraude processual, por tentar modificar a lancha usada no passeio depois da morte de Yasmin; e posse ilegal e disparo de arma de fogo.
A defesa de Lucas desse que o caso está em fase de recursos, sem previsão de julgamento pelo Tribunal do Júri, pois ainda existem teses defensivas que precisam ser analisadas pelos Tribunais Superiores.
“Entendemos que se trata de uma manobra da defesa de Lucas para tentar ganhar tempo, para que ele atrase o processo e com isso evitar que ele sente no banco dos réus”, afirma Madson Nogueira, advogado da família de Yasmin.
Durante as investigações, a polícia descobriu que além do desaparecimento da jovem, Lucas Magalhães fez tiros de arma de fogo dentro da embarcação.
Yasmin Macêdo, de 21 anos, morreu em Belém durante passeio de lancha.
Reprodução / TV Liberal
“A reconstrução tem que ser próxima da realidade e nós dependemos da natureza. A realidade, no caso, era uma calmaria naquele momento. As pessoas estavam se divertindo, bebendo e se jogando na água. Por isso demandou muito tempo”, explica o promotor do Ministério Público Edson Cardoso.
“A gente só queria saber a verdade pra gente dormir em paz, porque até hoje ninguém viveu o luto na nossa família”, diz Ricardo Macêdo, pai de Yasmin.
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Quem são os indiciados
Lucas Sousa Magalhães – indiciado pelos crimes de homicídio por dolo eventual, porte ilegal e disparos de arma de fogo e fraude processual;
Euler Cunha Magalhães – indiciado por porte ilegal e disparo de arma de fogo;
Bruno Faganelo – indiciado por disparo de arma de fogo;
Alex Teixeira, Cecília Sousa, Claudielly Taynara de Souza, Bárbara de Araújo Ramos – indiciados por falso testemunho majorado.
Yasmin Macêdo
Reprodução/TV Liberal
A lancha em que Yasmin estava nos últimos momentos de vida tinha outras 18 pessoas embarcadas. Durante o passeio, que durou até a noite, houve disparos de tiros.
Após o crime, a Divisão de Homicídios ouviu mais de 50 depoimentos de pessoas ligadas ao passeio. No início das investigações, Eliene apontou contradições nas declarações de quem estava na embarcação. Devido às contradições, o inquérito foi inclusive prorrogado pelas autoridades policiais.
As investigações policiais mostraram que existia ao menos três armas a bordo e que oito tiros foram disparados de dentro da lancha, sendo dois deles pela arma pertencente a Euler Cunha, médico legista que estava no barco com Yasmin.
A mãe de Yasmin falou de um suposto relacionamento amoroso entre a jovem e o dono da embarcação, Lucas Magalhães, que também estava a bordo. Já Lucas disse que conhecia Yasmin há apenas seis meses e negou a veracidade de um relacionamento amoroso com ela.
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